EURO-2025: Tatiana Pinto assinava já um empate com Espanha
No terceiro dia em solo helvético a ultimar os preparativos para a estreia no Europeu, que acontecerá nesta quinta-feira, em Berna, diante da Espanha, a média Tatiana Pinto, uma das mais experientes Navegadoras - soma 126 internacionalizações e vai participar pela terceira vez em fases finais da prova, tantas quanto Portugal já esteve - não esconde a ambição de fazer mais e melhor.
«Não trazemos qualquer fantasma aqui para a Suíça, isso ficou para trás [derrotas na Liga das Nações que ditou a descida à Liga B] também tivemos algum tempo de preparação na Cidade do Futebol, e isso serviu também para dar mais combustível a nós como equipa, às vezes quando se perde nunca ganha-se sempre alguma coisa e nós deixámos para trás esses resultados negativos e queremos fazer as coisas bem aqui na Suíça», afirmou aos jornalistas presentes em Meyrin, onde Portugal tem montado o seu quartel-general.
O discurso tem sido ambicioso quanto ao objetivo de, pela primeira vez, Portugal passar a fase de grupos e Tatiana Pinto corrobora isso mesmo: «Isto é o campeonato da Europa e qualquer grupo tem a sua dificuldade, mas acredito realmente que possamos passar a fase de grupos, mas sabemos que só na nossa melhor versão é que isso vai ser possível, não vou esconder isso. É preciso estar a mil por cento para que isso aconteça, continuamos a ser a seleção que quer fazer história, que quer bater recordes, que quer continuar a valorizar o futebol feminino e a jogadora portuguesa além-fronteiras.»
Tatiana Pinto é jogadora do Atlético de Madrid, conhece bem as espanholas, e traça-lhes o seguinte perfil: «A nível técnico são extremamente evoluídas e depois têm uma coisa que é aliado a essa técnica tem inteligência acima da média, no sentido de que observam e tomam as melhores decisões nos timmings corretos e acho que isso está sempre à frente, prefiro esse tipo de jogo do que mais físico, é muito mais imprevisível de jogar contra.»
E será uma vantagem ou desvantagem para Portugal que o primeiro jogo seja contra a Espanha?
«Creio que pode ser vantagem, entrar logo contra a Espanha, uma das favoritas e candidatas ao título, sabemos que logo no primeiro jogo temos de estar na nossa melhor versão, só assim é que poderemos pontuar. Um bom resultado? Para nós o mais importante é sermos competentes e competitivas, não o fomos nos últimos resultados e, agora, queremos entrar com o pé direito. Se subscreveria um empate? Sim... Poderia ser um bom resultado, sempre que vamos para dentro de campo é em busca dos três pontos, mas não vou negar que um empate seria um bom resultado.»
Questionada sobre a diferença que pode fazer, ou não, a possível ausência de Aitana Bonmatí, vencedora da Bola de Ouro, que esteve internada devido a meningite vírica, a média lusa é clara: «Estou solidária com ela e, obviamente como jogadora e colocando-me no lugar dela, ficar doente antes de uma competição como o Euro é sempre triste e lamentável. Espero que ela esteja em campo, queremos a Espanha no melhor nível, só assim é que faz sentido. Mas, não me interpretem mal, com a sem ela a Espanha é extremamente potente, não fará grande diferença. »