O candidato à presidência do Estoril, Carlos dos Santos, critica as ações da Comissão de Gestão que lidera provisoriamente o clube e desmente as declarações do presidente da Mesa da Assembleia-geral (Foto: Carlos dos Santos/arquivo pessoal)
O candidato à presidência do Estoril, Carlos dos Santos, critica as ações da Comissão de Gestão que lidera provisoriamente o clube e desmente as declarações do presidente da Mesa da Assembleia-geral (Foto: Carlos dos Santos/arquivo pessoal)
Estoril: Carlos dos Santos responde a presidente da AG e critica Comissão de Gestão
Candidato à presidência da direção dos canarinhos discorda da intenção da comissão que lidera o clube em «celebrar contratos com prazos de dois a cinco anos» e nega ter-se manifestado «esclarecido», como alega Alexandre Faria
As eleições para os órgãos sociais do Estoril terão lugar em setembro mas já causam alguma discórdia, criada após a última Assembleia-geral do clube, recentemente realizada, que motiva uma posição oficial de Carlos dos Santos, um dos dois candidatos anunciados à liderança da instituição – João Vieira também já anunciou a sua candidatura ao lugar.
O gestor e empreendedor, de 59 anos, mostrou-se em total discordância com a Comissão de Gestão que lidera o clube até à realização do ato eleitoral que, indica, terá manifestado a intenção de «celebrar contratos com prazos de dois a cinco anos», medida à qual se opõe com firmeza.
«A anunciada intenção de celebrar contratos com prazos de dois a cinco anos, numa fase de gestão transitória, configura, na minha opinião, uma prática juridicamente ilegítima e contrária ao superior interesse do clube e dos seus associados», declara, em nota de imprensa.
No mesmo texto da sua autoria, o candidato a presidente da Direção do Estoril apresenta o seu contraditório às declarações do presidente da Mesa da Assembleia-geral do clube, Alexandre Faria que, em declarações ao órgão Cascais24Horas, que «o sócio em questão já obteve todos os esclarecimentos que pretendia na última reunião de assembleia geral, manifestando-se esclarecido», referindo-se a Carlos dos Santos.
Resposta de Carlos dos Santos ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Estoril
«Carlos dos Santos, candidato à presidência do Grupo Desportivo Estoril-Praia, vem por este meio reafirmar a sua posição relativamente a matérias de elevada importância para o futuro do clube e prestar os seguintes esclarecimentos à comunicação social e à comunidade desportiva.
Nas últimas semanas, foi enviada uma carta registada ao Presidente da Assembleia Geral do Grupo Desportivo Estoril-Praia, alertando para a necessidade de clarificar os poderes e os limites da Comissão de Gestão atualmente em funções, uma Comissão nomeada diretamente pelo Presidente da Assembleia Geral. Até ao momento, tal carta não obteve qualquer resposta formal nem mesmo na assembleia geral extraordinária.
Na mais recente Assembleia Geral Extraordinária, realizada recentemente, várias questões de relevância para o futuro do Clube foram colocadas e ficaram sem o devido esclarecimento, facto que foi presenciado por diversos sócios presentes. Face a este contexto, não posso deixar de expressar a minha surpresa pelas declarações do Presidente da Assembleia Geral, divulgadas na imprensa local que em nada refletem o que efetivamente ocorreu na referida Assembleia.
Em nenhum momento manifestei estar ‘esclarecido’ quanto aos pontos que foram levantados, pelo contrário: insisti na necessidade de respostas claras e completas que não foram prestadas, tendo a sessão sido encerrada de forma abrupta. Importa ainda sublinhar que, independentemente do que conste nos Estatutos do Clube, a Lei das Associações, enquanto diploma legal superior, define com clareza os limites dos poderes de uma Comissão de Gestão transitória, designadamente no que respeita à celebração de contratos que possam condicionar a ação futura de direções eleitas pelos sócios.
A anunciada intenção de celebrar contratos com prazos de dois a cinco anos, numa fase de gestão transitória, configura, na minha opinião, uma prática juridicamente ilegítima e contrária ao superior interesse do Clube e dos seus associados. Reafirmo que, caso tais práticas venham a concretizar-se, tomarei todas as medidas legais e jurídicas que se revelem necessárias para garantir que o futuro do Grupo Desportivo Estoril-Praia não seja condicionado de forma lesiva e que sejam plenamente respeitados os direitos dos sócios.
Nos próximos dias, será enviada uma nova carta registada ao Presidente da Assembleia Geral, reiterando esta posição e sublinhando a necessidade de garantir total transparência e respeito pelos princípios que devem nortear a gestão do nosso Clube.
Carlos dos Santos, candidato à presidência do Grupo Desportivo Estoril-Praia»