Dérbi acentuou uma tendência no Benfica
Momento que fica para a história dos dérbis: Artur Soares Dias dá a indicação de golo após o VAR reverter o fora de jogo assinalado a Tengstedt (Foto: D. R.)

Dérbi acentuou uma tendência no Benfica

NACIONAL14.11.202315:03

Águias marcam cada vez mais golos nos últimos 10 minutos; 32 por cento dos pontos conquistados na parte final do jogo

O Benfica está a marcar cada vez mais golos nos últimos 10 minutos. A reviravolta no recente dérbi frente ao Sporting irá figurar como um dos momentos mais marcantes de uma história centenária dos dérbis, mas para já reforça uma tendência que já vinha a ser notória: o melhor das águias fica para o fim.

Os encarnados marcaram oito dos 32 golos da época neste período, o equivalente a 25 por cento, ou seja um quarto do total. É um acréscimo comparativamente à média da época passada, na qual os golos nos instantes finais também absorveram a maior fatia, embora em menor expressão (22 por cento).

É relativamente normal uma equipa grande marcar mais golos nesta fase do jogo por ter mais qualidade que a maioria dos adversários. Menos comum, no entanto, é a elevada percentagem de pontos obtidos quando o pano está prestes a cair.

Nove dos 28 pontos somados nesta Liga pelas águias nasceram desta capacidade de persistência, isto é, 32 por cento da contabilidade final – três pontos frente a Sporting, Estoril e E. Amadora, com a participação direta de Tengstedt em duas dessas partidas (marcou a leões e a tricolores). 

O segundo período mais fértil é a dezena de minutos imediatamente anterior (71-80), com 16%, seguindo-se os intervalos 51-60 e 41-50, com 13%, respetivamente. 

FC Porto marca mais

Entre os grandes, o FC Porto é quem lidera destacadíssimo este ranking: 33 por cento dos golos dos dragões em 2023/2024 foram marcados nos últimos 10 minutos dos seus jogos (já contabilizando o tempo de compensação), 20 por cento a mais do segundo melhor período (13 por cento entre o minuto 21 e o minuto 30 e 13 por cento entre os 1 e 10 minutos).

Já o Sporting é mais equilibrado, dispersando os golos por vários intervalos. Ainda assim, os últimos 10 minutos também é o momento com mais festa: 22% dos golos. A equipa de Rúben Amorim faturou 13% entre os 11’-20’, 41’-50’ e 71’-80’.

Voltando ao Benfica, e citando Jorgelina, mulher de Di María, é caso para dizer que muitos adeptos correm mais riscos de perder emoções se entrarem mais cedo nos táxis.