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SC Braga-FC Porto, 1-0 As duas caras de Diogo Costa e o patrão Marcano: as notas dos jogadores do FC Porto

NACIONAL08.03.202523:36

O espanhol fez uma exibição sóbria e segura. Os dragões encontraram, por fim, o patrão da defesa, lugar que estava vazio desde a saída de Pepe. O guarda-redes não ficou bem na fotografia no golo de Ricardo Horta, mas redimiu-se com excelente defesa que impediu o 2-0.

A figura do FC Porto: Iván Marcano (7)

Quem diria que esteve 533 dias sem jogar. Fez lembrar os bons velhos tempos com um jogo à imagem do que se lhe conhece: sóbrio, muito seguro, com tempo de entrada à bola oportuníssimo e com a concentração nos píncaros durante 56 minutos – saiu, quiçá, por gestão física após um longo período de ausência. Foi a voz de comando e deu estabilidade ao trio de centrais. E como todos os bons jogadores, tornou melhor quem jogou ao seu redor, neste caso Otávio e Nehuén Pérez. Se não falhou um passe longo, errou dois passes interiores no começo da segunda parte que não resultaram em situações de perigo para a sua baliza. Por fim, o FC Porto encontrou o patrão da defesa que tanta falta lhe fez nos últimos meses, um lugar que estava vazio desde que Pepe saiu e encerrou a carreira.

Diogo Costa (5) — Não transmitiu a tranquilidade habitual à equipa. O guarda-redes cometeu um erro de leitura no livre de Horta ao dar um passo para a direita que o deixou sem hipóteses de defesa e, mais tarde, falhou um passe interior que podia ter resultado numa oportunidade do adversário. Salvou a face com uma enorme defesa que impediu o 2-0 a Gabri Martínez.

Nehuén Pérez (6) — O argentino jogou no meio-campo quando o FC Porto tentou construir embora nunca tenha parecido confortável na posição. Viu um amarelo logo aos seis minutos, mas serenou e acumulou cortes importantes. É notório o conforto que sentiu com Marcano ao lado.

Otávio (5) — Alternou boas decisões com leituras completamente erradas dos lances. Sólido na primeira parte, o central teve liberdade para atacar e ensaiou um remate perigoso numa das melhores jogadas dos dragões na primeira parte. Esteve mais errático e faltoso na segunda metade.

Martim Fernandes (6) — Quase dois meses depois voltou à titularidade e teve uma entrada difícil na partida, sentindo muitas dificuldades para travar Gharbi. Ainda que tenha ficado ligado à falta que originou o golo do SC Braga, não se deixou afetar. Recompôs-se, teve critério com bola, descobriu linhas de passe e arrancou um bom cruzamento para Franco na segunda parte. Os bons detalhes ofensivos ajudaram a atenuar, de resto, o erro que cometeu no início.

André Franco (5) — Anselmi entregou-lhe a batuta e o médio foi o homem responsável por substituir Fábio Vieira. Começou por destacar-se na cobrança de bolas paradas, mas não agarrou o lugar. Teve lampejos de qualidade e executou um passe sensacional para Samu. Faltou-lhe consistência, à semelhança de toda a equipa, e desperdiçou a melhor ocasião portista na etapa complementar quando, solto na área, cabeceou ao lado.

Alan Varela (5) — Funcionou como pêndulo da equipa, recuperou bolas e iniciou vários ataques. O argentino teve dificuldades na reta final quando teve de assumir a responsabilidade de construir jogo contra um bloco mais baixo do SC Braga.

Francisco Moura (4) — De volta à Pedreira, fez um jogo discreto. Pouca ousadia ofensiva em contraste com solidez defensiva q.b.

João Mário (5) — Voltou às origens, ou seja, à posição de extremo. Junto com Martim, sentiu dificuldades em controlar o lado esquerdo do SC Braga. Entre receções deficientes e um par de más decisões, teve um par de boas iniciativas e um remate perigoso. Passou ainda pelo corredor central e pela lateral-direita sem grande brilho. No fundo, sacrificou-se pela equipa, o que é sintomático da falta de opções dos dragões.

Samu (5) — Esteve sempre muito só no ataque. O espanhol raramente teve bola ou foi servido em condições. Batalhou, correu, mas apenas teve uma oportunidade para marcar, mas Hornícek levou a melhor. Continua a ser um sombra do que mostrou nos primeiros meses.

Gonçalo Borges (3) — Muita correria, pouco discernimento. Com exceção de um bom remate na primeira parte, todas as ações foram inconsequentes. Poucos minutos após ter deixado irritado os adeptos e o próprio presidente do FC Porto, ouviu assobios quando saiu.

William Gomes (5) — É bom de bola. Acrescentou velocidade, agressividade, capacidade de condução de bola e cruzamento. Fez por merecer mais minutos.

Namaso (-) — Entrou para o corredor esquerdo, mas acabou no lado direito quando Anselmi arriscou mais. Não teve oportunidade de aparecer na partida.

Gul (-) — Fez uma falta, sofreu outra e pouco mais. Não foi a alternativa (talvez nem seja) que o FC Porto precisava para agitar o jogo.

Zaidu (-) — A ideia era dar largura no corredor esquerdo, mas não teve oportunidade para se mostrar.

Eustáquio (-) — Entrou aos 78 minutos e não se deu por ele.