A análise de Duarte Gomes à arbitragem: expulsão de Cubarsí precedida de erro

Felix Zwayer viajou até Lisboa, onde dirigiu o Benfica-Barcelona que ontem se disputou no Estádio da Luz. No centro de operações VAR em Nyon esteve o também germânico Bastian Dankert (liderou a equipa de videoarbitragem).

15' Leandro Barreiro chegou tarde e atingiu a perna de Iñigo Martinez com alguma dureza. A infração foi bem assinalada por indicação do árbitro assistente, que estava perto do lance.

17' Nova infração de Leandro Barreiro, neste caso ao derrubar De Jong, que pediu (sem razão) amarelo para o adversário: a falta foi apenas imprudente, aconteceu no meio-campo do Barcelona e estavam vários jogadores na zona.

21' Lance para analisar em dois momentos, o da decisão em si e o da fase inicial da jogada: Pau Cubarsí derrubou, de facto, Pavlidis quando o avançado grego conduzia clara oportunidade de golo e preparava-se para entrar na área adversária. O pontapé livre direto e o cartão vermelho direto seriam justíssimos se o jogador do Benfica não tivesse ganho a posse de bola empurrando De Jong segundos antes. O contacto da mão esquerda nas costas foi evidente e consequente, apesar da ausência de repetições. Se a infração fosse assinalada, a jogada que se seguiu e a expulsão por razões táticas teriam que ser anuladas. Em defesa de Zwayer um pormenor importante: o árbitro alemão teve critério técnico largo durante toda a partida e de forma sempre uniforme (igual para as duas equipas).

28' Otamendi, que primeiro bloqueou a progressão de um adversário, esboçou pedido de penálti mas sem razão: Iñigo Martinez colocou as mãos no central argentino mas em contacto de marcação aceitável numa bola parada. Decisão correta da equipa de arbitragem ao nada assinalar.

35' O árbitro da partida impediu o recomeço de jogo para os espanhóis devido ao arremesso de múltiplos artefactos pirotécnicos enviados por alguns "adeptos" encarnados. A interrupção durou mais do que um minuto e terá seguramente mão pesada da UEFA. É inacreditável que quem mais devia apoiar a equipa é, não raras vezes, quem mais a prejudica financeira e (às vezes) desportivamente.

45' Perceberam-se os pedidos de vermelho direto para Leandro Barreiro - a equipa espanhola estava reduzido a menos um -, mas a verdade é que o jogador luxemburguês não quis mesmo pisar a perna de Iñigo Martínez e muito dificilmente o poderia evitar. O defesa do Barcelona surgiu em carrinho deslizante legal, tocando na bola no exato momento em que Barreiro ia pontapeá-la. Amarelo sim, pela eventual negligência na abordagem, mas não mais do que isso.

45+2' Iñigo MartÍnez, algo combalido e ainda melindrado pela não expulsão de Barreiro, atirou a caneleira para o solo em claro sinal de protesto. O seu gesto irrefletido foi bem punido com cartão amarelo.

45+5' António Silva foi advertido com justiça após derrubar Balde, impedindo saída em velocidade do adversário.

69' Ataque prometedor dos encarnados interrompido por braço na bola de Akturkoglu em plena área adversária. Decisão correta de Felix Zwayer ao assinalar a falta atacante do turco.

73' Álvaro Carreras pisou o pé de Koundé na sequência de abordagem negligente. Decisão acertada do árbitro ao exibir-lhe o amarelo

75' Carreras caiu na área adversária sem que fosse percetível agarrão de Balde (estava na sua marcação). Certo é que as imagens não foram esclarecedoras.

82' Análise em três momentos: Belotti partiu mesmo de posição irregular milimétrica, que o árbitro assistente assinalou no fim da jogada e o VAR confirmou; antes o avançado italiano pareceu puxar o braço esquerdo de Iñigo Martinez para se isolar perante Szczesny; o guarda-redes polaco cometeu depois penálti que o árbitro sancionou momentaneamente, repondo justiça ao assinalar a primeira de todas as infrações: o fora de jogo.

90+1' Cartão amarelo bem mostrado a João Rego após cometer falta tática sobre Pedri.