«Nunca vencemos o Sporting? Ora aí está um excelente desafio...»

Vizela «Nunca vencemos o Sporting? Ora aí está um excelente desafio...»

NACIONAL10.08.202319:59

Samu é um dos dois jogadores mais antigos do plantel do Vizela. Iniciou a sua caminhada no clube em 2019, no Campeonato de Portugal. Teve uma das projeções mais notáveis dos futebolistas que atuam na Liga. O médio de 27 anos, e em final de contrato, fala das expectativas dos minhotos na competição e da sua carreira…

- Começa este sábado uma nova época. Como é encarada a nível pessoal e coletiva? Que ambições para o Vizela?

- As ambições do Vizela passam pelo que temos vindo a fazer nas últimas temporadas, que é a permanência na Liga e fazer o melhor possível. Pessoalmente, tenho o objetivo de dar continuidade ao que tenho desenvolvido nas últimas épocas, terminando a época ao nível dos anos anteriores.

- Não podia ser pior adversário para começar… o Sporting. Não há registo de qualquer vitória frente a este adversário. Aliás, num histórico de 10 desafios é só derrotas.

- Vamos ter de jogar contra todos e sabemos que será difícil. Ora aí está um excelente desafio para começar. Tentar contrariar esse histórico.

- O que apresentam de diferente que possam contrariar esse histórico?

- A experiência adquirida ao longo destes últimos anos. Vamos entrar na terceira época consecutiva na Liga, há aqui um acumulado de conhecimentos que poderão fazer a diferença neste tipo de jogos mais complicados.

- E qual o impacto que as primeiras jornadas podem ter no resto da prova?

- Como toda a gente sabe, é importante começar bem na Liga. Sabemos que temos jogos difíceis nesta fase inicial, mas temos qualidade para contornar as dificuldades e esta bagagem de Liga poderá ajudar-nos. A época passa muito por iniciar bem e acumular o máximo de pontos possíveis.

- O estilo de jogo com os treinadores Álvaro Pacheco e Manuel Tulipa eram semelhantes. O novo técnico, Pablo Villar, está a tentar implementar uma nova estratégia. Qual tem sido a reação?

- Normal. Como acontece com os jogadores, que entram e saem, com os treinadores sucede o mesmo. Cada treinador tem ideias diferentes. Compete-nos interiorizar o mais rápido possível a sua filosofia para fazer aquilo que o treinador solicita.

- Já foi ultrapassada a fase de desconfiança em relação a um treinador que chega a Portugal com um currículo pouco definido…

- Foi uma decisão da Direção, a pensar no bem do clube, certamente. Recebemos o treinador da mesma forma, como recebemos quem entra de novo. Está aqui para nos ajudar, como nós também o ajudaremos. O espírito é este. É assim que fazemos nesta casa desde que entrei nesta casa.

- Surge esta temporada como capitão. Sente-se confortável nesse papel?

- Completamente. Não me vai obrigar a fazer mais do que fazia, pois já assumia uma posição idêntica, mas como sub-capitão. É uma exigência diária. Como sou exigente comigo também sou com os outros. A minha forma de liderar passa pelo exemplo. Se eu fizer tenho confiança e autonomia para poder cobrar dos outros. No ano passado, falava muito com o Kiki Afonso, que era o capitão, sobre essa responsabilidade, as tarefas inerentes e as iniciativas a tomar.

- Tem o entendimento que o Vizela ainda conserva particularidades de um clube à moda antiga. Isto é, muita gente na plateia, adeptos exigentes, bancadas próximas do relvado… Como observa este fenómeno?

- É um pouco assim, sim. Assisti a uma grande evolução no Vizela, desde o Campeonato de Portugal. O estádio não era tao moderno, as bancadas eram pedra. Foi uma evolução positiva. Mas a dinâmica que existe entre adeptos e equipa é muito boa. Eles ajudam-nos imenso nos momentos em que mais precisamos.