João Neves, os €60 milhões mais baratos de sempre
João Neves caiu rapidamente no goto dos adeptos do PSG... e não é caso para menos

João Neves, os €60 milhões mais baratos de sempre

OPINIÃO01.05.202508:15

Tempo só confirmou o que já era quase certeza: João Neves foi uma das maiores 'pechinchas' de mercado dos últimos anos e Benfica ficou claramente a perder com a 'troca' por Renato Sanches

Quando, a 5 de agosto do ano passado, o Benfica oficializou a venda de João Neves ao Paris Saint-Germain, os indícios já eram claros, tamanha era a importância que o jovem médio já tinha adquirido na (então) equipa de Roger Schmidt. A cláusula de rescisão de €120 milhões nem sequer foi assunto e o PSG levou a joia da coroa do Benfica por metade: €60 milhões (descontadas as intermediações, ficaram €54 M nos cofres da Luz), a que poderão acrescer €10 milhões em objetivos que não são conhecidos.

O negócio incluiu ainda o retorno de Renato Sanches à Luz e, passada quase uma época, a conclusão é simples: o PSG ganhou um dos melhores médios do planeta a preço de saldo, uma verdadeira pechincha atendendo à loucura do mercado atual, e o Benfica apenas serviu para, uma vez mais, o PSG se libertar de um excedentário em deficiente condição física. Já havia acontecido Julian Draxler (2022/23) e Juan Bernat (2023/24), mas não serviu de emenda para os lados da Luz.

João Neves durante o jogo com o Arsenal

Em oito meses, Renato participou em apenas 17 jogos, num total de 416 minutos, sempre intervalados por sucessivas lesões musculares. Números muito escassos face à expetativa que havia com Renato, mas nem isso impede a SAD de ainda ponderar, sob determinadas condições, integrá-lo no plantel da próxima época!

Ao dia de hoje, João Neves é uma das peças basilares da fabulosa equipa de autor de Luis Enrique e frente ao Arsenal, na primeira mão das meias-finais da Champions, voltou a encher o campo. A camisola metida para dentro dos calções, a fazer-nos lembrar um médio clássico dos anos 90, e a inteligência tática e de ocupação dos espaços — o corte de bola tirando golo quase certo a Merino, na primeira parte do jogo em Londres, foi de deixar o queixo caído — fora do normal para os 20 anos de idade fazem dele um jogador absolutamente imprescindível para o treinador e até nas palavras João Neves é incomum.

Antes do jogo europeu, em entrevista ao The Athletic, o internacional português disse que «é muito bom atacar», mas não supera a realização de «tirar a bola a alguém», deixando perceber, com estas simples palavras, o segredo por trás deste encantador PSG, onde 11 defendem e 11 atacam.

Todos nos lembramos dos tempos recentes do crónico campeão francês, com os egos de Neymar, Messi, Mbappé e companhia a impedirem a equipa de dar o passo em frente de que precisava para vingar na Champions, certo?

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