Volta a Portugal - Artem Nych mais 'amarelo': «Não me sinto já vencedor»
Artem Nych deu um passo rumo à segunda vitória consecutiva na Volta a Portugal, como as suas longas pernas bem poderiam proporcionar-lhe. O alto corredor, de 1,95 metros, foi gigante no cimo de Portugal Continental e reforçou a liderança da corrida a um ponto pouco menos do que decisivo.
No entanto, o russo siberiano é de sorriso fácil, mas de discurso contido, mesmo com os principais rivais, Jesus Peña e Byron Munton, a uma distância de 1.20 e 1.21 minutos, respetivamente, rejeita euforias. «A etapa foi muito dura. A equipa controlou sempre a corrida, apesar de a fuga ter tido bastante vantagem», começou por declarar o camisola amarela.
«O Pedro [Silva] fez um grande trabalho. Arrancou do grupo, depois do Alexis [Guerin] também, eu esperei pela reação do Peña e depois contra-ataquei e fiz a ponte para eles. Obrigado equipa!», afirmou Nych, que tem o companheiro francês na Anicolor na segunda posição da geral. Tudo florescente.
«Não me sinto vencedor da Volta. Nada disso! Posso ter um dia mau, perder cinco minutos... Só depois do contrarrelógio final é que poderei dizer que ganhei a Volta. Sinto-me só um pouco mais confiante agora...», admitiu.
O diretor desportivo da Anicolor, Ruben Pereira, não foi mais efusivo e lembra que ainda há etapas importantes por disputar. «Nem sempre a Torre nos sai bem. Ainda o ano passado correu-nos mal. Felizmente, este ano foi boa», reconheceu o responsável.
«Ainda falta muita Volta. Montejunto e o contrarrelógio serão determinantes. Para já, a equipa está de parabéns pelo que fez fez e tem feito. Destaco o Pedro Silva, que esteve excelente. Trabalhou para estar bem nesta Volta e merece».