Travante derrete Islândia em Braga
No segundo dia do triangular Torneio Internacional de Braga, mas o primeiro em que Portugal entrou em ação, os Linces bateram a Islândia por 83-79 (20-22, 22-23, 24-16 e 17-18), o que não só impediu que o adversário garantisse de imediato a vitória neste evento de preparação para o EuroBasket 2025, visto que na véspera havia derrotado a Suécia por 70-73, mas também mantivesse a expectativa face ao derradeiro jogo de sábado (18h00) contra os suecos.
No segundo dia do triangular Torneio Internacional de Braga, mas o primeiro em que Portugal entrou em ação, os Linces bateram a Islândia por 83-79 (20-22, 22-23, 24-16 e 17-18), o que não só impediu que o adversário garantisse de imediato a vitória neste evento de preparação para o EuroBasket 2025, visto que na véspera havia derrotado a Suécia por 70-73, mas também mantivesse a expectativa face ao derradeiro jogo de sábado (18h00) contra os suecos.
«Especial!», foi assim que Travante Williams (21 pontos, 5 ressaltos, 6 roubos de bola) classificou o ambiente no lotado Fórum Braga após o encontro em que, tal como acontecera há cerca de uma semana contra a seleção principal de Espanha, Portugal (56.º do ranking mundial) derrotou agora a Islândia (50.º).
E se o conseguiu, muito a deve à exibição especial de Travante, que, a par de Cândido Sá (11 pts, 2 res) Neemias Queta (12 pts, 6 res) e Diogo Brito (12 pts, 5 res, 3 ass) trouxe quase sempre algo mais dos dois lados dos campo para lutar pelo resultado contra uma Islândia que começou por liderar por 0-6 e só permitiu o primeiro cesto de campo a 5.24m do final do quarto inaugural (4-11). Curiosamente através de… Travante.
Este, em 25 minutos não cometeu qualquer turnover e fez apenas uma falta, apesar de ter estado sucessivamente na ajuda da intercepção de passes.
A Islândia chegou à vantagem máxima de 10 (12-22) ainda no 1.º período e no final da primeira parte registava 7/8 em triplos (38%), contra 5/20 (25%) dos anfitriões.
Sem uma oposição à altura debaixo das tabelas, já que Neemias (2.13m) não integrou o cinco inicial e apenas esteve em campo 14 minutos, o poste Tryggvi Hlinason (16 pts, 8 res) utilizou bem os seus 2,16m para corrigir falhanços dos companheiros ou concretizar assistências, ao mesmo tempo que Martin Hermansson (13 pts, 4 res, 9 ass) e Orri Gunnarson (12 pts, 3 res) iam mantendo a os forasteiros na frente.
No entanto, no final do 1.º quarto Cândido e Neemias construíram um parcial de 8-0 que reduziu a diferença a 20-22, mas depois de duas igualdades (22-22, 25-25) no começo do 2.º período, um parcial de 4-11 (29-36) tornou a colocar os nórdicos isolados até ao intervalo (42-45).
Foi preciso esperar dois minutos da 2.ª parte para Neemias Queta colocar, num lançamento à meia-volta, Portugal pela primeira vez no comando (49-47). Mas com o contributo de Travante, obteve 8 pontos no período, incluindo dois triplos consecutivos, os homens de Mário Gomes, agora a defenderam bem melhor o perímetro, deram a volta ao marcador e chegarem a liderar por 8 (60-52) numa sequência de 11-2 que proporcionou um dos melhores momentos e ainda possibilitou o 66-59 a 1.30m da entrada para o derradeiro período.
Sem dúvida o mais emocionante, com quatro igualdades e seis alternâncias de liderança. No entanto, se até então o selecionador havia poupado alguns dos melhores da noite, a 2.47m do apito final apostou tudo. E lançou-os. Não se arrependeu. Miguel Queiroz (8 pts, 7 res) juntou-se ao quarteto fantástico para conseguir a última igualdade a 79-79 e Brito lançou os Linces para a vitória ao marcar debaixo do cesto com 19s no cronómetro.
Depois, sem que os visitantes tivessem acerto exterior, nem facilidade debaixo da tabela devido à intimidante presença do poste português dos Celtics, o próprio Queta sofreu falta a 7 segundos do fim ao conquistar um ressalto defensivo, o que lhe permitiu selar o resultado da linha de lance livre e abrir a possibilidade de ganhar o torneio.
De realçar o facto de Portugal ter terminado com apenas 7 turnovers depois de em alguns encontros praticamente ter feito tantos só num período, e conseguido 11 recuperações de bola, face aos 13 e 3 da Islândia, respectivamente.