Terá sido este o melhor jogo de Gyokeres em Portugal?

Um, dois, três, quatro! Gyokeres nunca havia exibido tantas vezes a sua letal máscara num só jogo. Esse momento especial do goleador sueco, raro e inédito até então no seu registo pessoal — há 148 dias Viktor Gyokeres tornou-se no quarto leão no século XXI a alcançar esta proeza na linha de Bas Dost, Liedson e o improvável Carlos Bueno — teve o Estrela da Amadora como vítima. Este sábado haverá, portanto, um reencontro com o adversário de boa memória para a máquina nórdica que tem devastado tudo o que lhe tem surgido pela frente.

Recuemos uns meses. 1 de novembro de 2024. Pouco mudou desde esse duelo da primeira volta, em Alvalade, ainda na era Ruben Amorim, que terminou num expressivo 5-1, quatro golos com a assinatura do sueco (o último pertenceu a Maxi Araújo riscado para este segundo round por castigo). O Sporting continua a liderar a Liga e o nórdico, como sempre, mantém a mira afinada. No total, contas feitas, com a camisola dos leões, o goleador já festejou 84 ocasiões, marcou a todas as equipas com quem jogou em Portugal, um verdadeiro terror para qualquer adversário. E se o histórico exigirá cautelas para o Estrela, essa prudência aumentará se tivermos em linha de conta que Gyokeres aparece nesta fase mais ‘fresco’ do que nunca.

Restabelecido dos índices físicos que obrigaram a uma gestão nas últimas semanas, uma dispensa dos trabalhos da seleção e cinco dias extra de descanso antes do regresso ao trabalho, Gyokeres emerge (ainda mais do que o normal...) nestas oito ‘finais’ como elemento diferenciador de uma equipa que não tem margem de erro na corrida pelo desejado bicampeonato.

Com cinco golos nos últimos três jogos, 40 golos em 41 jogos oficiais, bastava repetir a proeza da primeira volta para bater o registo pessoal (43) da época passada. Uma meta díficil mas não impossível. Até porque, convém lembrar, poucos dias depois desse póquer aos amadorenses, Gyokeres repetiu o feito pela seleção, na goleada, por 6-0, ao Azerbaijão do técnico português, Fernando Santos. O sueco, já habituado a ser a estrela, quer voltar a brilhar, desta vez, no palco da Reboleira.