Sporting: leõezinhos estão maduros
Há muito que a formação do Sporting tem dado cartas no panorama desportivo nacional, mas esta época em particular foi bastante profícua. Com um sucesso como há muito não se via. Sete anos depois da descida de divisão, em 2017/2018, o que deu origem à extinção da equipa secundária — pela Direção então liderada por Bruno de Carvalho — o Sporting garantiu, no último sábado, o regresso à Liga 2, no mesmo dia em que a equipa principal se sagrou bicampeã.
Não sendo um objetivo de época, os leõezinhos festejaram a promoção após uma época com algumas mudanças, principalmente na equipa técnica que sofreu alterações após a saída de João Pereira, Pedro Coelho subiu dos sub-23, depois João Pereira regressou, acabando por ser substituído por João Gião, que assumiu o primeiro desafio como treinador principal. Fez oito jogos no comando — estreou-se a 30 março, curiosamente com o Amarante, o mesmo adversário do último domingo —, soube ganhar a confiança dos jogadores e nos oito jogos sob a sua batuta a equipa venceu cinco, empatou dois e perdeu um (com o campeão Lusitânia de Lourosa.
Após o jogo, o treinador não escondeu a emoção: «É fantástico chegarmos à Liga 2, porque não era o objetivo primeiro da época e, por isso, nunca o assumimos. Nunca nos desviámos do desenvolvimento individual dos jogadores, é para isso que servem as equipas B. Tenho orgulho em estar associado a este momento.»
Salvador Blopa, que foi considerado o melhor jogador em campo, realçou a união do grupo como sendo a chave do sucesso: «É um orgulho imenso. Desde que estejamos todos unidos nada nos pode parar, mesmo após mudanças de treinadores, este mister acrescentou muita qualidade e coragem.»
Mas, diga-se, o sucesso da equipa B não se cingiu à subida de divisão. Ao longo da época foram utilizados 38 jogadores na Liga 3, sendo que nove deles com idade de juniores e uma dezena estreou-se pela equipa principal, nomeadamente, Bruno Ramos, Mauro Couto, Lucas Taibo, Kauã Oliveira, Lucas Anjos, José Silva, Henrique Arreiol, Alexandre Brito, Eduardo Felicíssimo e João Simões, sendo que o último ficou definitivamente a trabalhar com Rui Borges.
O projeto para 2025/2026 ainda não está totalmente delineado, mas A BOLA sabe que a aposta manter-se-á na formação, com especial atenção à geração de 2007, de onde saiu Quenda, e no mercado local.
TODOS A FESTEJAR NO MARQUÊS
Após garantida subida à Liga 2, os jogadores juntaram-se aos festejos do Marquês, com Diego Calai, terceiro guarda-redes, e Felicíssimo a serem chamados ao palco. Embora o guardião não tenha somado minutos na Liga e o médio tenha oscilado entre chamadas à equipa A e B, ambos fazem parte do plantel que se sagrou bicampeão.
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