Simões quis guiar o sonho da missão (quase) impossível (as notas do Sporting)
Rui Silva (6) – Foi parando tudo o que conseguiu. Logo aos 16 minutos mostrou segurança numa intervenção difícil, e voltou a brilhar aos 24’, travando um remate potente de Gnabry. Aos 31’ negou o golo a Kane com uma defesa de grande nível, e aos 44’ assinou talvez a defesa do jogo ao parar o remate de Karl. Foi um dos rostos da resistência leonina, mantendo o Sporting dentro do jogo e do sonho... enquanto foi possível. No segundo tempo, quebrou um pouco, esteve menos em evidência e com algumas culpas no terceiro golo. Ainda assim, um dos melhores da turma verde e branca.
Eduardo Quaresma (5) – Envolvido no lance do primeiro golo do Bayern, deixou Gnabry aparecer sozinho no segundo poste, dividindo responsabilidades com Maxi. Mostrou personalidade em vários duelos e procurou não arriscar, mas aquela falha capital acabou por manchar a exibição.
Diomande (6) – Exibição serena e concentrada. Foi sólido nos duelos e muito competente na marcação a Harry Kane, que não esteve no seu nível de perigo habitual, passando largos períodos de tempo sem, praticamente, encontrar espaços para finalizar ou receber entre linhas - exceção feita ao remate ao poste. O esforço de Diomande esteve lá, mas a tarefa de parar o melhor ataque da Europa não era fácil...
Matheus Reis (5) – Teve altos e baixos. Aos 22’, protagonizou o primeiro remate do Sporting, num cabeceamento que saiu ao lado do alvo. No entanto, também passou por alguns momentos de dificuldades na defesa: aos 44’ foi batido por Karl num lance que esteve perto de resultar em golo. Vítima do momento da equipa e do Bayern, caiu um pouco de produção na etapa complementar. Foram, no entanto, mais os contributos defensivos do que as falhas.
Fresneda (5) – No golo anulado ao Bayern, aos 4', foi salvo pelo fora de jogo, já que tinha deixado Gnabry fugir nas suas costas. Sofreu com a velocidade e mobilidade do alemão na primeira parte. Tentou, várias vezes, investidas pelo corredor direito, com o auxílio de Geny, mas sem grande efeito prático.
Hjulmand (7) – O capitão foi o pêndulo da equipa. Até aos 65’, foi quem deu critério e calma na construção, ajudando a organizar a linha defensiva e oferecendo sempre uma linha de passe segura. Sentiu, tal como a equipa, os golos sofridos e chegou atrasado no golo de Karl. Um ponto negativo numa exibição que estava a ser marcada pelo equilíbrio e inteligência táctica.
Maxi Araújo (5) – Regressou ao papel de ala com responsabilidades maioritariamente defensivas. No primeiro tempo, tentou explorar as costas da defesa em alguns momentos, mas teve vida difícil perante Olise. Estava a melhorar defensivamente no segundo tempo, mas, tal como Quaresma, falhou no lance do primeiro golo alemão ao deixar Gnabry livre ao segundo poste. A dedicação e a entrega, porém, estiveram sempre lá.
Catamo (5) – Foi o motor de várias tentativas de contra-ataque, acelerando e obrigando o Bayern a recuar, mesmo que, muitas vezes, sem grande perigo. Criou a melhor oportunidade da primeira parte do Sporting, aos 28’, com um cruzamento que quase levou Tah a marcar na própria baliza, não fosse a intervenção de Neuer. Tentou sempre esticar o jogo e trazer verticalidade.
Alisson (4) – Um dos que mais sentiu o peso do ambiente. Acumulou perdas de bola e não conseguiu explorar a sua velocidade e capacidade no um para um. Melhor no segundo tempo e por pouco não surpreendeu Neuer num cruzamento/remate aos 47’. Participou bem na jogada do golo, ao lançar Simões, e salvou uma perfomance cinzenta.
Luis Suárez (5) – Fez o que tinha de fazer num Sporting com um bloco baixo e menos ofensivo que o habitual. Deu intensidade e alma ao ataque. Foi pressionante, combativo e importante para dar tempo à equipa ao segurar bolas. Esteve perto de festejar aos 85’.
Ricardo Mangas (4) - Entrou aos 66’, para o lugar de Alisson. Podia ter acompanhado melhor Laimer no lance que deu o segundo tento bávaro.
Vagiannidis (5) – Deu algo andamento à ala direita e fica na retina o bom trabalho no lance de algum perigo de Suárez, aos 85’.
Ioannidis (4) – Nota-se que ainda busca a melhor forma, após a lesão. Sem ações de relevo a registar.
Morita (-) - Lançado nos descontos. Quase não teve tempo para tocar na bola.
Blopa (-) - Mais um passo na evolução e na carreira do jovem produto da Academia de Alcochete. Sobre a exibição em si, pouco ou nada há a destacar, mas esta será, certamente, uma noite que o extremo jamais esquecerá.