«Quando me vestia de vermelho, o meu avô quase me expulsava de casa!»

—Os adeptos do FC Porto apontam muitas vezes o Zé Pedro como um exemplo recente da chamada ‘mística’. É algo que se adquire ou que já nasce com a pessoa?

—Um bocadinho dos dois. É algo que se pode ganhar. Um jogador estrangeiro que chega ao FC Porto com certeza não conhece a 100% a mística do FC Porto. Até pode conhecer parte, mas não conhecerá na totalidade. Mas aí entra a parte da aprendizagem. Comigo foi desde pequenino, desde que andava com a bola debaixo do braço e já vestia camisolas do FC Porto, mesmo quando ainda andava ao colo... Tenho uma família que é portista de gema. Com o meu avô paterno, era impossível vestir outra cor que não o azul. Quando a minha mãe me vestia de vermelho, ele quase me expulsava de casa! [risos] Aos poucos foi-se entranhando e ficou essa paixão verdadeira pelo FC Porto. Acompanho tudo sempre que posso. Sou verdadeiramente apaixonado pelo FC Porto e um aficionado para sempre.

—Aos 28 anos, que objetivos e que sonhos tem para cumprir?

—Fazer o máximo de jogos possível ao longo da carreira, com o máximo de golos possível, embora não seja uma coisa que a minha posição exija. Mas que é algo que nos completa sempre. Jogar, jogar, jogar e que que nunca tenha uma lesão grave. Dentro dos sonhos, sem dúvida jogar a Liga dos Campeões. No FC Porto fui convocado, mas não cheguei a jogá-la, fui para o banco. E o maior sonho, sem dúvida alguma, seria representar a Seleção Nacional. Representar a nação é isso mesmo, um sonho.

—Voltar a Portugal e ao FC Porto está nos planos?

—Nunca direi não ao FC Porto. É impossível dizer não ao FC Porto, porque é algo que me toca de maneira diferente. Se acontecer, serei mais uma vez um homem realizado e darei sempre tudo para que o FC Porto vença e para que vá avante. Seria algo que me encheria de orgulho imenso.

—Jogar por Benfica ou Sporting está fora de hipótese?

—É bastante difícil, para não dizer que está fora de hipótese. Mas seria algo bastante difícil de acontecer. O futebol é um pouco imprevisível e nunca se pode dizer nunca... Fica em aberto.

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