Polémica no Brasil: guardião que passou por Portugal expulso por 'queimar' tempo (vídeo)
O encontro entre o Internacional e o Vasco da Gama (1-1), relativo à 17.ª jornada do Brasileirão, ficou marcado por um lance que se tornou viral: a expulsão do guarda-redes dos visitantes por queimar tempo.
Léo Jardim, que em Portugal representou o Boavista e o Rio Ave, centrou atenções pelos piores motivos: com a sua equipa a ganhar, graças a um golo de Rayan aos 30', o guardião brasileiro foi expulso pelo árbitro da partida, por acumulação de amarelos, por demorar na reposição de bola. Pior: o primeiro cartão tinha sido exibido pelo mesmo motivo.
O árbitro EXPULSOU o Léo Jardim por cera. Os dois cartões que ele tomou foram de cera.
— DataFut (@DataFutebol) July 27, 2025
Se a arbitragem manter essa linha CORRETA por algumas rodadas, essa bizarrice acaba. Mas o problema é que a arbitragem brasileira não tem critério.
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O jogador viu amarelo aos 68' por demorar a retomar o encontro e a escassos minutos dos 90' sentou-se no relvado, queixando-se de dores. O árbitro Flavio Rodrigues de Souza advertiu verbalmente o vascaíno, que continuou sentado no relvado, o que levou o juiz da partida a admoestá-lo com o segundo amarelo e respetivo vermelho (86'). Pior: o Internacional empatou instantes depois, por Carbonero (90+1').
A decisão do árbitro foi justificada no relatório do jogo. «Motivo: A3. Retardar o reinício do jogo - Após ser advertido anteriormente por retardar o reinício de jogo, expulsei com segundo cartão amarelo o Sr. Leonardo César Jardim, n.º1 da equipa do Vasco da Gama, por de maneira desrespeitosa retardar o reinício de jogo da sua equipa caindo ao solo sem motivo aparente. Mesmo sendo solicitado tanto por mim quanto pelo assistente n.º 1, negou-se a levantar. Ressalvo ainda que o mesmo ficou caído durante todo o procedimento de substituições, tendo tido tempo suficiente para ser atendido, não o fazendo», esclareceu.
Do lado do Vasco da Gama imperou a revolta com a decisão tomada, a começar pelo avançado Vegetti: O que ele [árbitro] fez, fomos roubados.» Depois, foi a vez do clube, que emitiu um comunicado a repudiar a «atuação desastrosa» do juiz, a exigir o afastamento «imediato» do mesmo e a garantir que não vai «assistir calado» a tudo.
«O Vasco da Gama repudia, com veemência, a atuação desastrosa do árbitro Flavio Rodrigues de Souza na partida deste domingo (27/07), contra o Internacional, em Porto Alegre, válida pelo Campeonato Brasileiro. Será que é só erro ou incompetência? Quando os equívocos da arbitragem se repetem e tiram, de forma direta, quatro pontos consecutivos do Vasco da Gama, esta pergunta precisa de ser respondida, com urgência, por quem comanda a arbitragem brasileira», lia-se.
«O Vasco da Gama tomará todas as medidas administrativas cabíveis junto à Comissão de Arbitragem da CBF e estará, já nesta segunda-feira, na sede da entidade para protocolar nova representação oficial. O afastamento do árbitro Flavio Rodrigues de Souza deve ser imediato ou iremos continuar acumulando um histórico de decisões polémicas e recorrentes prejuízos a clubes e ao bom andamento do campeonato», prosseguiu.
«Se isso não ocorrer, mina-se a confiança de atletas, profissionais, adeptos e investidores. O Vasco da Gama não aceitará calado. Vai cobrar explicações, mudanças e responsabilidade. Porque futebol se decide na bola, e não no apito», concluiu.