Mural em homenagem a Maradona
Mural em homenagem a Maradona - Foto: IMAGO

Nova estratégia dos advogados do acusado pela morte de Maradona

Foi colocada em causa imparcialidade de dois juízes designados para o novo julgamento

Os advogados de defesa de Leopoldo Luque, médico pessoal de Armando e um dos oito imputados pela morte do craque argentino em novembro de 2020, solicitaram o afastamento de dois juízes designados para reiniciar o julgamento após a anulação do anterior, por «temor certo de que não sejam imparciais».

Recorde-se que o julgamento anterior foi anulado após escândalo que envolveu uma das juízas, Julieta Makintach, por participar de um documentário clandestino sobre o julgamento.

O pedido de recusa de Roberto Gaig e Juan Pablo Rolón tem por base o ocorrido na audiência preliminar de julho e que, segundo a defesa, «infunde um temor certo de que não serão imparciais».

«Um juiz não precisa anunciar a sua imparcialidade. A imparcialidade presume-se. Se um juiz sente a necessidade de proclamá-la, é porque, em algum nível, já percebe que os seus atos podem ser vistos de outra forma. E ainda mais grave: qual é o papel de um juiz num julgamento? Fazer justiça ou enviar mensagens à sociedade? Um julgamento penal não é um ato de comunicação institucional. É um espaço onde se discute a verdade de um fato concreto, com as garantias do devido processo legal. Quando o juiz coloca no centro do processo seu desejo de ‘restaurar a confiança social’, ele está colocando sua própria imagem acima do processo», criticaram os advogados.

Refira-se que estes são dois dos três juízes do novo tribunal designado em julho para reiniciar o julgamento pela morte de Maradona.

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