Nacional: «Vai ser uma final para o Aves SAD», considera Tiago Margarido
Tiago Margarido afirmou que o Aves SAD vai disputar no domingo o jogo com o Nacional, para a 15.ª jornada da Liga, como se fosse uma «final», dada a diferença pontual que já tem para a sua equipa e também para a linha de água.
«É um jogo importante para nós, mas não considero, de todo, uma final, porque vamos só na 15.ª jornada, temos ainda muito campeonato pela frente, nem sequer chegamos ao final da 1.ª volta. Contudo, obviamente que é um jogo importante com um adversário que luta pelos mesmos objetivos que nós e é importante pontuarmos e se possível, vencermos», começou por afirmar o treinador dos madeirenses na antevisão ao encontro, que se realiza neste domingo, na Vila das Aves.
«O Aves SAD tem um plantel bastante recheado, em número e em qualidade, tem boas soluções e isso ainda torna mais difícil prever aquilo que será o onze inicial. Tem extremos de apoio, tem profundidade. Tem jogadores que lhes permite jogar de uma forma de ou de outra e que são experientes e a equipa ganha outro tipo de maturidade. É com isso que contamos, um adversário difícil e que para eles eu considero que seja um jogo decisivo. Para o Aves SAD é sim uma final, porque se não ganha a distância pontual já se acentua bastante e como tal preparamos tudo em função disso», disse ainda.
Como tal, Tiago Margarido não esconde que o Nacional poderá tirar alguma vantagem em relação à pressão que o Aves SAD tem. «Claramente que sim, não podemos negar isso, porque a distância pontual já é considerável entre as duas equipas e até para a própria linha de água, já é acentuada. Por isso, considero este jogo uma final para o Aves SAD e obviamente que vai querer fazer o possível para a ganhar e temos de contar com o empenho extra dos jogadores, porque também querem mostrar ao novo treinador atributos para ganharem um lugar no onze inicial, e isso só por si já aumenta a dificuldade do jogo», afirmou.
A saída de João Pedro Sousa do comando técnico do Aves SAD cria mais dificuldades: «Sim, no fundo é sempre mais difícil quando há uma mudança de treinador, porque não conseguimos perspetivar bem o que iremos de ter pela frente. Temos uma previsão, conhecemos o treinador e o trabalho que fez noutros clubes anteriores, tem uma linha comum naquilo que é a sua identidade e como tal perspetivamos que irá reproduzir no Aves SAD. Contudo, também estamos preparados para os cenários, como jogar com três centrais como aconteceu em Guimarães, ou jogar em 4x2x3x1, com dois médios de construção e um dez, ou em 4x3x3, com um seis e dois interiores. Temos isso trabalhado e preparado, obviamente que é sempre mais difícil trabalhar nesta incerteza, mas preparamos os cenários todos.»
O treinador abordou ainda a abertura do mercado em janeiro e revelou que só terá caras novas no plantel, se houverem saídas. «Neste momento estou satisfeito com o plantel que tenho. Se houverem saídas poderão entrar, provavelmente. Há essa possibilidade, o mercado vai estar aberto, infelizmente para mim como treinador e felizmente para o clube, poderá surgir uma ou outra proposta irrecusável e tenho de estar preparado para isso», disse, mesmo confrontado se há a necessidade de entrada de mais um extremo: «Nós temos extremos em número suficiente. Se me perguntarem se os que temos têm as características todas que são necessárias para a posição, digo que não. Não é por não termos essas caraterísticas que não vamos ser competitivos e que há a necessidade de um extremo. Não considero. Considero sim, se sair alguém, temos de colmatar.»