Miguel Oliveira: «Espero que ele fique sempre atrás de mim!»

O australiano Jack Miller é o novo companheiro de equipa do português na Prima Pramac e para o piloto de Almada de 29 anos só há um sítio onde quer vê-lo: nas costas.

— Como é a sua relação com o novo companheiro de equipa, o Jack Miller?

— Fiquei contente de ter o Jack. Acho que temos a mesma idade. Acho que vai ser um bom ambiente na equipa. Ele também traz muita experiência e creio que vai ser bom para a Yamaha. E espero, simplesmente, que ele acabe atrás de mim! Está também sedento de regressar a uns lugares mais acima. E isso pode ser bom ou mau, essa competitividade. Eu acho que é bom.

— Ele vem de um registo em que também precisa de voltar ao topo. Imagino que seja um bocadinho aquilo que quer igualmente fazer. 

— A trajetória desportiva dele foi diferente da minha, claro. Mas dentro do MotoGP ele já esteve no pináculo das equipas. Uma Ducati num ano competitivo, numa equipa oficial, depois a entrada na KTM, onde, fez aquilo que pôde fazer. E, na minha humilde opinião, o Jack é ainda um piloto que pode dar bastante ao MotoGP. É um piloto que é australiano. Não há muitos australianos na perspetiva do Mundial…

— E houve muitas críticas à permanência dele no MotoGP. Estava a perguntar em termos de ambiente, porque há pilotos mais fáceis para companheiros de equipa do que outros

 — Acho que sim. Desde que haja bom ambiente. Um piloto que seja mais rápido ou menos rápido que nós, não é indiferente, mas quase que acaba por ser. Porque o importante mesmo é que as coisas funcionem em harmonia. Mas aquilo que eu estou mesmo focado. É que as coisas corram bem no meu lado da boxe. Enfim, que a minha equipa e eu consigamos entender-nos bastante bem. É um grupo muito homogéneo. Desde a parte de trás até a parte da frente da boxe são todos italianos. Por isso, creio que sim.