Manchester City dá a volta e derrota Real Madrid no Bernabéu
Os confrontos entre o Real Madrid e o Manchester City são já um clássico do futebol europeu. Sucedem-se um ano atrás do outro, com a curiosidade de, desta vez, os dois treinadores espanhóis se terem reencontrado. Estiveram juntos no Bayern, nos tempos em que Guardiola era o técnico e Xabi Alonso jogava às suas ordens. O professor não se deixou surpreender pelo aluno e continuou a mandar.
Num desafio que se previa decisivo para o seu futuro à frente da equipa, Xabi Alonso, além dos seis lesionados, também não pôde contar com Mbappé, que, por precaução, ficou no banco, entrando o jovem Gonzalo García para o seu lugar. Mesmo com todos estes contratempos, o Real do primeiro tempo pouco ou nada teve a ver com a medíocre equipa que três dias antes tinha sido enxovalhada pelo modesto Celta de Vigo, sobretudo devido à mudança de atitude dos jogadores, que deram a sensação de se terem conjurado para salvar a cabeça do seu treinador.
Os madrilenos fizeram das rápidas transições da defesa para o ataque a sua principal arma, que começaram a utilizar logo no minuto inicial em que Vinicius foi derrubado. Parecia que ia ser penálti, mas provou-se que a falta foi fora da área e o livre não resultou.
A que teve efeito foi a jogada iniciada por Carreras: levou a melhor sobre Bernardo Silva, passou a Bellingham e este serviu Rodrygo, que bateu, com um bom remate, Donnarumma. 33 jogos e nove meses depois, o brasileiro, em quem Xabi Alonso sempre confiou, quebrou o jejum goleador e voltou a marcar. Com este golo o Real Madrid fez o mais difícil, que era colocar-se à frente no marcador. Uma vantagem que desapareceu em dois lances pontuais.
O tento da igualdade surgiu à saída de um canto apontado por Cherki. Courtois defendeu mal para perto e O’Reilly, que andava por ali, estabeleceu o empate. No segundo golo inglês toda a culpa foi de Rudiger. Cometeu um desnecessário penálti sobre Haaland, que não falhou na conversão do castigo máximo. Dois daqueles erros que se cometem sem que se possa culpar o treinador. Courtois redimiu-se com um par de intervenções de grande categoria ainda no primeiro tempo.
No início da segunda parte, o Man. City apoderou-se da bola. Buscava o tento da tranquilidade, mas, de novo, Courtois voltou a salvar a equipa com defesas de enorme mérito. Pouco a pouco, porém, o Real Madrid foi assumindo o controlo do jogo. Xabi Alonso fez entrar toda a artilharia disponível, salvo Mbappé, à procura do golo do empate. Algumas oportunidades houve, mas a defesa visitante, com Rúben Dias e Matheus Nunes em bom plano, soube aguentar o resultado e assegurar o triunfo pela diferença mínima, para a qual também colaborou, e bem, Bernardo Silva, que sofreu o que pareceu ter sido um penálti claro não assinalado e, já perto do final, viu um cartão amarelo. Endrick também entrou na equipa do Real Madrid e esteve perto do golo, mas o cabeceamento a cruzamento de Carreras acertou na trave.
O Real Madrid melhorou em relação ao que vinha fazendo, mas não foi suficiente. Foi a sexta escorregadela nos últimos oito jogos e veremos se, com este balanço, Florentino Pérez continua a confiar em Xabi Alonso.
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