Liga 2: Lusitânia prevalece em 'dérbi da Feira' para a História
Pela primeira vez, o dérbi da Feira disputou-se numa competição profissional (a Liga 2) e, por conseguinte, o público acorreu em massa ao Estádio Marcolino de Castro... e deu o seu tempo por bem empregue.
Apenas oito quilómetros separam o Feirense, emblema símbolo da vila de Santa Maria da Feira, e Lourosa, freguesia pertencente a este município e o domínio do Lusitânia, e a rivalidade foi saudável expressa numa boa partida de futebol vencida pelos forasteiros (2-1).
O primeiro tempo foi dividido, com o Feirense a entrar pressionante nos primeiros dez minutos e o Lusitânia a responder de igual forma nos dez minutos seguintes. Os dois vizinhos foram alternando o domínio até que, já com o intervalo à vista, os visitantes ganharam ascendente.
O primeiro aviso chegou através de Dylan Collard, central goleador do conjunto de Lourosa (três golos em seis jornadas realizadas), que cabeceou perto do travessão aos 38’ e pouco depois, aos 42’, foi outro defensor a encontrar o caminho da baliza – Luís Rocha atirou potente e colocado depois de um ligeiro toque de João Silva que serviu de… convite para rematar, que o lateral não enjeitou.
O Feirense regressou para a segunda parte incomodado pela posição de desvantagem e Leandro Antunes esteve próximo de empatar aos 48’, num livre direto que passou próximo do poste, mas depressa o Lusitânia voltou a ser protagonista, com duas oportunidades sucessivas, por João Silva e Tiago Dias aos 50’, ambas encontrando um intransponível Francisco Meixedo pela frente.
Os visitantes mostravam-se assertivos sempre que atacavam a baliza do Feirense e voltaram a comprová-lo aos 62 minutos, com o 2-0 num contragolpe de compêndio lançado por Arsénio ainda a partir do seu meio-campo. O resto, ficou por conta de Miguel Pereira, que acelerou até chegar até junto de Meixedo, a quem não permitiu quaisquer possibilidades de defesa.
Perante uma desvantagem de dois golos, o Feirense arriscou e conquistou um penálti – Nketia foi puxado na área – convertido por Leandro Antunes, aos 83’. A partir daí, e nos minutos finais – nos quais se incluíram um longo período de compensação, de 13 minutos – os locais não conseguiram voltar a desfeitear o guardião Vítor Hugo e evitar o triunfo do Lusitânia, que prolongou o seu bom momento e cumpriu o terceiro encontro consecutivo sem perder, juntando Liga 2 e Taça de Portugal.