Sinner Foto: IMAGO - Foto: IMAGO

Jannik Sinner: «Gostaria de ser lembrado como alguém que não mudou com o sucesso»

Tenista italiano abordou a sua situação pessoal depois da última vitória em Riade

Jannik Sinner conquistou o torneio de exibição «Six Kings», em Riade, ao vencer o espanhol Carlos Alcaraz na final por 6-2 e 6-4. Na disputa pelo troféu «Golden Racket» e um prémio de 5,54 milhões de euros, o italiano dominou do início ao fim, vingando-se da derrota sofrida diante do mesmo adversário na final do US Open.

Carlos Alcaraz e Jannik Sinner, este último com a raquete de ouro
Carlos Alcaraz e Jannik Sinner, este último com a raquete de ouro

«Estamos cientes de que este jogo não é uma final de Grand Slam ou algo semelhante, mas esforçámo-nos muito», afirmou Sinner após o encontro. «Como disse depois do US Open, a minha equipa e eu tentámos todos os dias perceber o que precisávamos de fazer e onde precisávamos de trabalhar. Acima de tudo, a diferença foi feita pela mentalidade, na forma como abordámos os treinos e os jogos. Jogar a este nível, que considero ter sido muito alto, deixa-me muito feliz.»

A Arábia Saudita tem vindo a investir fortemente no desporto, o que levanta a hipótese de, no futuro, poder vir a receber um torneio do Grand Slam. Sinner mostrou-se curioso quanto a essa possibilidade: «Não sei se isso é possível. Este torneio tornou-se parte da história e estou convencido de que este país se tornará muito importante para o ténis no futuro. Admito que estou muito curioso para ver como o ténis se desenvolverá aqui nos próximos anos.»

Com apenas 24 anos, o número um mundial já soma quatro títulos de grande prestígio e mostra ambição para continuar a crescer. No entanto, mais do que troféus, o italiano valoriza a forma como será lembrado. «Gostaria de ser lembrado como uma boa pessoa, com valores fantásticos dentro e fora do campo, alguém que não mudou por causa do sucesso», disse.

Jannik Sinner segue em frente no US Open
Jannik Sinner

Sinner rejeita a obsessão por recordes e conquistas: «Não sou o tipo de jogador que fala sobre querer ganhar títulos ou quebrar recordes, mas estou aqui porque quero desfrutar. Posso passar por momentos difíceis; haverá sempre altos e baixos dentro e fora do campo, isso é normal... mas, ao mesmo tempo, espero que as pessoas digam que fui um cavalheiro e justo.»

Por fim, o italiano reforçou a importância da atitude e da energia positiva. «Também quero transmitir energia positiva no campo. Sou um rapaz muito calmo, mas sempre feliz quando entro em campo.»