Hjulmand sob ameaça… Sporting agarra-se ao capitão
O alerta por Morten Hjulmand estava acionado em Alvalade desde pelo menos o mês de abril. Nessa altura chegavam ecos de que o perigo de um ataque ao capitão do Sporting poderia acontecer neste mercado de verão e uma vez chegados a julho, com a janela de transferências aberta, surgem notícias a dar conta da ameaça de saída. A Juventus na linha da frente, clubes de Inglaterra numa segunda linha mas já anteriormente vincada. A todos, inclusivamente aos italianos que através dos agentes do jogador fizeram chegar a Alvalade intenções de proposta, a administração leonina, sabe A BOLA, só tem uma resposta a dar: a cláusula de rescisão de 80 milhões de euros ou muito perto disso.
Contratado ao Lecce no verão de 2023, num investimento elevado de 18 milhões de euros — à data a segunda maior contratação da história dos verdes e brancos, só atrás de Gyokeres, que chegou a Alvalade do Coventry por 20 milhões, mas entretanto ultrapassado por Conrad Harder, 19 milhões para o Nordsjaelland —, Morten Hjulmand superou e de forma claríssima as melhores expectativas da administração leonina. Titular indiscutível na primeira temporada — 49 jogos (43 a titular) com quatro golos e outras tantas assistências —, capitão na segunda, que terminou com 47 jogos (45 como titular), três golos e duas assistências.
Os números falam por si, o carácter do dinamarquês feito internacional pelos desempenhos de leão ao peito diz o resto: um diamante no meio-campo muito apetecível para os maiores clubes dos maiores campeonatos da Europa.
A Juventus
Ontem o Corriere dello Sport deu à estampa que a Juventus quer Hjulmad. Apurou A BOLA que foram os representantes do médio de 26 anos que abordaram a administração do Sporting com o referido interesse e avisaram para a iminente chegada de alegada proposta na ordem dos 30 a 40 milhões de euros.
A resposta da SAD liderada por Frederico Varandas foi taxativa, e vinca, pelo menos para já, uma distância muito significativa: o Sporting só admite libertar Hjulmand pela cláusula de rescisão, de 80 milhões de euros, ou então por um valor muito aproximado, dependendo de detalhes como as variáveis, o mecanismo de solidariedade ou as comissões a pagar.
Ou seja, o Sporting agarra-se com unhas e dentes ao seu capitão. É que exigir a cláusula, ou muito perto de isso, é clara mensagem que passa ao mercado de que não quer a saída do camisola 42, esteio no meio-campo, elemento fundamental para o treinador Rui Borges dentro e fora de campo. Só então por 80 milhões, ou perto disso, será obrigado a perder uma das referências da equipa, até porque Gyokeres continua na porta de saída, apesar do imbróglio nas negociações com o Arsenal. Essa, contudo, era uma venda já prevista, mas o mesmo não se aplica a Hjulmand...
Mais ainda: o diário italiano escreveu que o dinamarquês já tinha dito sim à vecchia signora para cumprir o sonho de voltar a Itália, de onde saiu do Lecce, para um gigante que luta pelo scudetto. Mas o certo é que o capitão está confortável no Sporting, sente-se muito bem em Lisboa e Portugal e não pensa em sair, tendo em mente pelo menos mais uma temporada a liderar o leão, desta vez rumo ao… tricampeonato.
Os ingleses
Mas não é só de Itália que chega a Alvalade a ameaça por Hjulmand. O médio tem sido também associado a clubes ingleses, nomeadamente ao Manchester United de Ruben Amorim. Um treinador que o conhece bem e admira, que o recebeu no Sporting em 2023 e que o promoveu a capitão para com ele conquistar dois títulos de campeão nacional e uma Taça de Portugal. Os mesmos títulos que conquistou com Hugo Viana, hoje diretor desportivo do Manchester City antes dos verdes e brancos...
Além dos rivais de Manchester há em Inglaterra mais clubes com o internacional dinamarquês sinalizado, mas todos sabem o preço: os 80 milhões da cláusula ou muito perto disso.
Pode ter direito a prémio com revisão contratual durante a temporada
Morten Hjulmand chegou ao Sporting no verão de 2023, por 18 milhões de euros, e assinou contrato com o emblema de Alvalade válido até junho de 2028. Chegou, viu e venceu, conquistou treinador(es), companheiros e adeptos pela qualidade que coloca em campo, pelo carácter e liderança que o elevaram a capitão de equipa, herdando a braçadeira do defesa-central uruguaio Sebastián Coates, que há um ano e com 33 voltou ao país natal para representar o Nacional, clube da sua formação, depois de oito temporadas e meia de verde e branco vestido.
Está agora a aparecer associado ao interesse de outros clubes, de grandes campeonatos da Europa, mas com a cabeça em Alvalade. Só sai se baterem ou andarem perto de bater a cláusula de rescisão de 80 milhões de euros e por isso a continuidade a ser o cenário mais credível. E nessa situação poderá Morten Hjulmand ser alvo de revisão contratual, um prémio ao dinamarquês que é já uma das grandes referências deste Sporting que sonha com a conquista do tricampeonato.
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