Alisson Santos esteve seis meses em Leiria antes da mudança para Alvalade - Foto: IMAGO
Alisson Santos tem entrado bem nos jogos, desta vez entra de início - Foto: IMAGO

Ex-colega de equipa revela o que falta a Alisson para ser (ainda) maior

Bura, defesa-central português de 36 anos, recebeu o extremo brasileiro no UD Leiria e deu a conhecer através de A BOLA as maiores qualidades do extremo nos primeiros seis meses em Portugal. A boa aposta dos leões, as expectativas e o exemplo positivo de outros casos como o de Diomande...

Com formação no Leixões, passagem pelo FC Porto, internacional jovem por Portugal, Bura é um dos jogadores com maior experiência ainda em atividade. Com 36 anos e um arranque fulgurante no UD Oliveirense (nove jogos e dois golos), o defesa-central conhece muito bem Alisson Santos, extremo que agora está a despontar no Sporting.  

O brasileiro, que além dos leões só conheceu o UD Leiria em Portugal, travou uma amizade com Bura, na altura um dos capitães de equipa, que conta a A BOLA como foram aqueles seis meses em que o extremo se foi mostrando em Leiria.   

- O que lhe despertou mais a atenção naqueles primeiros tempos do Alisson em Leiria? 
- Sem dúvida a potência que ele tinha nas ações. A velocidade e potência é algo que se nota logo. Mas é difícil uma projeção imediata numa equipa grande. Mas o potencial estava lá. Acho que é um jogador que tem características no jogo dele que podem ser importantes para uma equipa grande como o Sporting. Tanto que o contrataram com apenas seis meses em Portugal. Claro que vai ter de melhorar, mas se estiver disposto a isso tem tudo para fazer uma carreira de alto nível. 

Bura, que na altura era um dos mais experientes do plantel leiriense, lembra da potência do brasileiro

Acredito que pode melhorar naquilo que vi dos 6 meses com ele: na tomada de decisão. Saber quando tem de ir para cima do adversário e quando tem de tocar a bola no colega

-Tem algum episódio mais curioso que tenha tido com ele (ou mesmo com a equipa) que possa definir a sua personalidade? 
-  Ele sempre foi uma pessoa tranquila e alegre tanto no balneário como no treino.  Mas não tenho assim nenhuma história especial... 

- Houve alguma desconfiança por ter vindo de uma Liga 2. Existe algum preconceito na aposta em escalões inferiores? 
- A desconfiança pode sempre existir.  Mas a partir do momento em que as coisas começam a correr bem e o jogador começa a mostrar o seu valor essa desconfiança desaparece. Outro exemplo disso foi o Diomande que também veio do Mafra. Na minha opinião se as equipas grandes virem potencial nestes jovens mesmo sendo de divisões inferiores vão contratar. E acho que fazem bem. Há muita qualidade no nosso campeonato. 

Alisson Santos é um dos nomes do momento em Alvalade - Foto: IMAGO

- Há muitos pontos positivos... e pela sua experiência onde pode crescer e evoluir? 
- Acredito que pode melhorar naquilo que vi dos 6 meses com ele: na tomada de decisão. Saber quando tem de ir para cima do adversário e quando tem de tocar a bola no colega. Mas estamos a falar de um jovem cheio de irreverência (positiva). Mas  nestes meses certamente que já começou a melhorar nesse aspecto.