Diretor desportivo do Bayern pondera demitir-se
O futuro de Max Eberl, diretor desportivo do Bayern, parece atualmente incerto, avança esta terça-feira o TZ.
Segundo o jornal alemão, os membros do Conselho Fiscal dos bávaros ficaram com a impressão de que o dirigente poderá mesmo apresentar a sua demissão em breve.
A razão, refere a publicação, prende-se com o desenvolvimento «caótico» do mercado de transferências e com o desacordo de Eberl quanto às restrições impostas pela Direção do campeão germânico, nomeadamente o facto de apenas contratar jogadores por empréstimo nas últimas semanas da janela de verão.
O (ainda) diretor desportivo do emblema de Munique tem contrato por mais dois anos, até 2027, e a sua saída prematura seria uma surpresa para a restante Direção. Já o Bild avança que Eberl tirou alguns dias de folga durante a pausa para os jogos das seleções.
O Bayern procura estabilidade na cúpula do clube, depois de o CEO Oliver Kahn e o membro da direção responsável pelo desporto, Hasan Salihamidzic, terem sido forçados a sair em 2023, apesar de o clube ter conquistado o título da Bundesliga de forma dramática.
Neste contexto, o membro da direção responsável pelas finanças, Michael Diederich, sai no final de setembro, e já se especulou várias vezes sobre o futuro de Max Eberl, que chegou ao Bayern no ano passado.
O diretor desportivo conseguiu contratar Jonathan Tah e Tom Bischof a custo zero este verão, mas os grandes alvos Florian Wirtz e Nick Woltemade juntaram-se ao Liverpool e ao Newcastle, respetivamente. Foi também criticado pelo baixo valor recebido na transferência de Kingsley Coman para o Al Nassr.
Max Eberl foi incumbido da tarefa de reduzir a massa salarial através da venda de jogadores, e as transferências de saída no Bayern não pararam, com o clube a despedir-se do já mencionado Coman, da lenda Thomas Muller, de Leroy Sané, Mathys Tel, João Palhinha e de vários jovens jogadores.
Isto deixou o ataque da equipa com poucas opções, tendo sido contratado apenas Luis Díaz por aproximadamente 70 milhões de euros durante muito tempo. No final, chegou-se ao empréstimo de Nicolas Jackson do Chelsea, que custou 16,5 milhões de euros e esteve em dúvida até ao último momento.
Recentemente, Eberl apresentou os seus planos para o plantel ao Conselho Fiscal do Bayern, onde nem todos os membros concordam com a política de austeridade do presidente Herbert Hainer e dos membros Uli Hoeness e Karl-Heinz Rummenigge.