Di María, goleador sem qualquer desnorte

O Benfica sabia que qualquer resultado que não fosse a vitória complicaria as contas nesta edição da Taça da Liga, já que o Arouca entrou em campo com os três pontos conquistados na visita ao Aves SAD. O triunfo deixa as águias perto do apuramento, bastando pontuar na última jornada, mas sendo até suficiente perder por apenas um golo de diferença. O Arouca fica pelo caminho e o Aves SAD terá de vencer na Luz por dois ou mais golos.

Mais uma vez, foi Di María o desbloqueador, com golo de livre direto aos 26 minutos. Perfeita a execução do campeão do mundo, que já tinha sofrido a falta nesse mesmo lance, repetindo o que fizera frente ao Vizela, na jornada 5 da Liga, com os encarnados a vencerem por 2-1.

E numa equipa que mostrou algum desnorte frente ao Casa Pia, na última jornada da Liga, e principalmente com a Real Sociedad para a Liga dos Campeões, tem sido preciosa a capacidade goleadora do avançado argentino. Que, curiosamente, marcou enfim a um adversário geograficamente situado a sul do Rio Douro.

A primeira equipa a sofrer a capacidade finalizadora de Di María foi o FC Porto, na Supertaça Cândido de Oliveira, ganha pela formação da Luz por 2-0. Seguiu-se o Boavista na jornada inaugural da Liga, mas aí com derrota encarnada (2-3, no Bessa). E num início de sonho no regresso ao Benfica, golos a Gil Vicente, Vitória de Guimarães, Vizela e novamente ao FC Porto, para a Liga.

Di María esteve ausente por lesão e falhou os jogos com Portimonense, Estoril e Lusitânia (na Taça de Portugal). Curiosamente, os dois únicos jogos internos em que não marcou foram contra equipas da Grande Lisboa: Estrela da Amadora e Casa Pia. Mas com a pontaria afinada frente às formações do norte, o argentino reforça o estatuto de melhor marcador do Benfica, com sete golos. Mais três que Rafa e mais quatro que Musa.