Jovem técnico está a afinar a máquina para poder corresponder à exigência do novo desafio (Foto: Vitória de Guimarães)
Jovem técnico está a afinar a máquina para poder corresponder à exigência do novo desafio (Foto: Vitória de Guimarães)

Vitória de Guimarães: Castelo começa a construir-se com retaguarda sólida e eficaz

Zona central do reduto defensivo foi a mais reforçada até ao momento: quatro contratações para o eixo. Linha de raciocínio seguida dá corpo à dinâmica predileta de Luís Pinto, que privilegia um tridente no setor

Miguel Nóbrega (ex-Piast Gliwice, da Polónia), Thiago Balieiro (ex-Leixões), Rodrigo Abascal (ex-Boavista) e Paulo Vítor (ex-Akron Togliatti, da Rússia). Foram estes os quatro defesas-centrais contratados pelo Vitória no presente mercado de transferências.

O eixo da retaguarda foi, até ao momento, o setor que mais caras novas recebeu - Juan Castillo (guarda-redes), Lebedenko (lateral-esquerdo), Matija Mitrovic (médio), Fabio Blanco e Oumar Camara (extremos) completam o leque de reforços já oficializados pelos conquistadores para 2025/2026 -, pelo que já é possível aventar uma possibilidade que, ao que tudo indica, será real ao longo da temporada: o Vitória de Luís Pinto irá privilegiar uma linha de três no eixo da retaguarda, podendo, à partida, o coletivo apresentar-se em 3x4x3 (ou 3x5x2, mediante questões estratégicas que o jovem técnico possa adotar).

O 3x4x3 tem sido, de resto, uma das imagens de marca de Luís Pinto ao longo da sua carreira. Ainda que jovem (36 anos), o treinador conta já com um passado preenchido, tendo orientado UD Leiria, Mirandela, Felgueiras, Real Massamá, Leça, Lusitânia de Lourosa, Fafe e Tondela, deixando marcas bem vincadas em todos estes emblemas. Futebol, ofensivo, dinâmico e sempre com olhos postos nas balizas contrárias. Foi assim, de resto, que alcançou o sucesso conhecido na época passada, quando conduziu o Tondela ao regresso à elite nacional, feito ao qual juntou um outro não menos importante, como foi a conquista do título de campeão nacional da Liga 2.

A exigência é agora incomparavelmente maior, mas Luís Pinto dá mostras de estar pronto. E, para o efeito, além dos já referidos quatro defesas-centrais adquiridos pelos vitorianos neste defeso, da época passada transitam ainda outros dois, casos de Toni Borevkovic (que tem vindo a ser apontado à saída, mas pode não ser bem assim...) e de Óscar Rivas.

Soluções não faltam para que o novo timoneiro dos vimaranenses aplique o seu esquema tático de eleição, sendo certo que, e como tantas vezes explicam os treinadores, as dinâmicas coletivas são sempre o mais importante para que uma equipa possa ter sucesso.

E além da dimensão do Vitória, quem chega a Guimarães tem a responsabilidade de honrar a história. Do clube, mas também da cidade. É de espada em punho que Luís Pinto pretende proteger o trono de D. Afonso Henriques e ser, também ele, um Conquistador.

Para proteger o Castelo, o técnico está já a preparar uma retaguarda sólida e eficaz. Será o mote para o sucesso do seu reinado.

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