Sporting: Ruben Amorim pode ligar a Gyokeres

Enquanto o Arsenal continua sem dar sinal de vida há uma semana, o Manchester United posiciona-se para poder ultrapassar os londrinos e contratar Viktor Gyokeres. Os red devils contactaram os verdes e brancos e ficaram a saber o que os gunners já sabem desde o início desta novela: que os leões querem 80 milhões de euros para vender o passe do sueco, nem menos um cêntimo. O clube de Ruben Amorim admite chegar esse valor, na fórmula 70 milhões de euros mais 10 milhões por objetivos. O problema maior é que o supergoleador de 27 anos está irredutível: recusa o Manchester United e só quer o Arsenal.

Depois do contacto do Manchester United, a administração leonina ficou ciente de que o interesse é real. Mais, que os red devils chegam aos 80 milhões de euros e que um princípio de acordo estará perto de se alcançar logo que o emblema inglês formalize a proposta. Mas um acordo, efetivamente, apenas ganhará forma depois de negociação.

Primeiro os 10 milhões de bónus. Porque nesta abordagem ficou percetível que o United pretenderá usar a fórmula 70+10, maior valor fixo do que o Arsenal propôs mas o mesmo em variáveis. E são essas variáveis que terão sempre de ser definidas, com os verdes e brancos a pretenderem a totalidade em objetivos realistas.

Os londrinos, recorde-se, apresentaram proposta de €63,5 milhões mais €10 milhões em bónus, o agente do jogador, Hasan Cetinkaya, abdicou da comissão a que teria direito neste negócio (cerca de €7 milhões) mas tudo ficou preso nas variáveis por objetivos, pois os arsenalistas não facilitam quanto à possibilidade de serem alcançáveis.

Além dos bónus, com o Arsenal antes ou agora com o Manchester United, há também o prazo de pagamento para acertar, querem os leões em duas vezes, pretende o Arsenal em quatro — o Sporting aceita quatro de os londrinos pagarem os encargos que daí advêm. E há ainda o mecanismo de solidariedade, os chamados direitos de formação que os clubes vendedores pagam mas que os leões querem repartir 50/50, outro aspeto que emperra o acordo com os gunners e que terá sempre de ser definido com os da capital inglesa.

Depois há… Gyokeres. E se a administração do Sporting está irredutível nos 80 milhões de euros, atingíveis, a que o United está com intenção de chegar, o sueco está inflexível e só quer o Arsenal, já recusou o Manchester United. O avançado só pensa nos gunners e encara, tal como os seus agentes, as notícias sobre os red devils como pressão leonina. Tudo a fazer prever mais um longo capítulo desta novela que é sem dúvida a mais complexa deste verão.

Desde segunda-feira, quando chegou a Alvalade a proposta de €63,5 M, que os londrinos não dão sinais ao Sporting, que assim se vira para a hipótese Manchester United, onde Gyokeres poderia reencontrar o treinador Ruben Amorim.

O problema é que o goleador — está a faltar aos treinos há dez dias e por isso sob a alçada disciplinar dos verdes e brancos, que o notificaram para se apresentar, sem se livrar no entanto de pesada multa — nunca teve os de Old Trafford na lista de preferências — como sempre teve Arsenal, Liverpool e Manchester City em Inglaterra; o Real e o Barça em Espanha; o PSG em França; o Bayern na Alemanha. E por isso a nega a Amorim.

Não estará colocada de parte, porém, a possibilidade de o treinador português contactar Gyokeres, de férias em Maiorca, e assim o poder fazer mudar de rumo. Mas será difícil…

Ruben Amorim fez o último jogo pelo Sporting no dia 10 de novembro de 2024, vitória leonina no terreno do SC Braga por 4-2 depois de reviravolta com 0-2. O Manchester United pagou 11 milhões de euros, mais um do que a cláusula de rescisão, ao Sporting para resgatar o treinador e cedo se começou a equacionar a possibilidade de o técnico poder ir pescar a Alvalade… Amorim prometeu que não, mas apenas em janeiro. E não quebrou o juramento. Mas agora está livre para tal… «No mercado de janeiro não vou, foi o que eu disse. No verão já não sei. Primeiro tenho de aguentar-me até ao verão. Os jogadores do Sporting são jogadores muito bons. Não sei. Veremos», disse Ruben Amorim na altura.