Após a vitória sobre o Gil Vicente, na Taça de Portugal, o treinador do Sporting falou aos microfones da RTP e analisou a partida
O que dizer deste resultado e da segunda parte do Sporting, com mais atitude e intensidade do que na primeira?
É muito por aí, uma primeira parte onde podemos agradecer ao Rui Silva termos chegado ao intervalo com 0-0. Mais que o sistema ou a tática, foi muito falta de atitude. Não estávamos a dignificar o Sporting e foi isso que falámos ao intervalo. Tentei demonstrar que não estava contente e que a atitude que estávamos a ter não era a correta para com o emblema e a camisola que vestimos.
Uma segunda parte totalmente diferente. Uma atitude competitiva muito grande, não deixámos o Gil crescer no jogo. Fomos crescendo, fizemos o 1-0, podíamos ter feito 0 2-0 e, no único lance que o Gil teve, já com dez jogadores, acaba por fazer o empate, num lance que estava em fora de jogo. Uma diferença muito grande na atitude competitiva e temos de meter na cabeça que é esta a atitude que é preciso.
A entrada de Gyokeres mudou muito as dinâmicas da equipa? Ajudou a que a equipa crescesse na segunda parte?
Pode ser um fator, mas não foi por aí. O Viktor é importante, o grupo sente isso, os adversários sentem que é um jogador importante para o Sporting e olham para ele de forma diferenciada. Claro que ajudou nesse sentido, mas todos nós, em termos individuais, mudámos a atitude competitiva. Ganhámos duelos, fomos mais pressionantes, bons timings, não baixámos…. Muito diferente da primeira e é esta a atitude que temos de ter porque só assim conseguimos ganhar.
O central belga do Sporting está a jogar no meio-campo e garante aceitar a decisão do treinador. Sobre o golo que marcou e deu a vitória ao Sporting: «Não pensei. Foi uma grande bola do Viktor [Gyokeres] e só quis rematar para tentar marcar, foi golo e estou feliz»
Como consegue fazer a gestão de plantel com as lesões e os castigos?
A gestão é olhar para quem está disponível e tentar fazer o melhor onze. Tentar ser competente. Hoje fomos capazes, independentemente, das lesões, do Diomande castigado. Independentemente das indisponibilidades, a equipa que ia para jogo era capaz de vencer. Foi muito por aí o meu discurso. Na primeira parte, ficámos muito aquém e não dignificámos o clube que representamos. Faltou-nos muita atitude, mas na segunda parte mostrámos ser capazes. Só assim conseguimos ganhar, independentemente, de quem está ou quem não está. Depois temos os jogadores que individualmente conseguem desbloquear um jogo a qualquer momento. Mas para os ajudar a eles, a atitude competitiva coletiva tem de ser muito forte.
Central do Sporting marca aos 68’ com remate potente de fora da área
Quer que essa atitude continue no campeonato?
É isso que temos pedido. Gostava de ter toda a gente disponível. Ter tempo de treino, porque o treino dá essa intensidade e capacidade. Com o acumular de jogos, é difícil também. Na primeira parte, senti malta um bocado aquém a nível físico. Mas depois na segunda parte melhorámos nesse sentido também. Às vezes, é muito mais mental que outra coisa e eles têm de se capacitar que representam o Sporting, os campeões nacionais, e não há cansaço que possa ser superior à atitude.
Trincão e Quenda já há muitas semanas que estão de rastos, o que se tem traduzido constantemente em iniciativas e passes falhados.... Mister tem de encontrar um jeito de haver gestão com estes 2 que acabam por prejudicar mais do que ajudar a equipa....e isso não será continuar na onda de colocar miúdos para rodarem aos 90 min. Do jogo, Que nem aquecer as canelas conseguem...