Operação Pretoriano: PSP encontrou mais de 80 bilhetes para FC Porto-Arsenal em casa de arguidos
O chefe da PSP responsável pelas buscas domiciliárias a Vitor Manuel Oliveira, mais conhecido como "Aleixo Pai", em janeiro de 2024 revelou que foram encontrados mais de 104 bilhetes para quatro partidas do FC Porto, entre elas o duelo frente ao Arsenal, a contar para a primeira mão dos oitavos de final da edição passada da UEFA Champions League.
No depoimento prestado na sétima sessão do julgamento da Operação Pretoriano, no Tribunal São João Novo, no Porto, o agente admitiu que a Polícia de Segurança Pública já suspeitava da existência de um sistema clandestino de venda de bilhetes: «Apreendemos o telemóvel e 104 bilhetes do FC Porto. Chamou-me à atenção o facto de os bilhetes serem nominais, de estarem em nome de sócios. Suponho que seriam de alguém que tivesse lugar cativo.»
Além de 87 bilhetes para o FC Porto-Arsenal, agendado para 21 de fevereiro de 2024 e outro para a receção da jornada 17 ao SC Braga, segundo o agente da PSP, foram ainda encontrados 10 ingressos para um Clássico de hóquei em patins frente ao Benfica e seis para um duelo diante do Leixões, no voleibol feminino.
O Chefe informou ainda que as buscas decorreram com a colaboração de "Aleixo pai".
Esta segunda-feira, foi ainda ouvido o agente da PSP que dirigiu as buscas a casa de Fernando Saul, antigo oficial de ligação aos adeptos e speaker do FC Porto: «Apreendemos um telemóvel e um computador, que estava na mesa de cabeceira do quarto. No carro, apreendemos 2.940 euros, que estavam na consola.»
Até ao término da sétima sessão do Julgamento da Operação Pretoriano, o agente responsável pelas buscas a casa de Carlos Nunes, conhecido como "Jamaica" também prestou depoimento e afirmou que foi apreendido o casaco que alegadamente terá sido utilizado pelo adepto portista na Assembleia Geral de 23 de novembro de 2024.
A primeira testemunha a prestar depoimento na sétima sessão, esta manhã, foi Rui Costa, agente da PSP que fez as buscas à casa da família Madureira. O julgamento retoma na terça-feira, ainda com 30 testemunhas da acusação por ouvir.
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