Man. United: o fracasso pós-Ferguson em números
A época 2024/25 foi para esquecer no Manchester United: 16.º lugar na Premier League, eliminação da Taça de Inglaterra e da Taça da Liga e derrota na final da UEFA Europa League que confirmou a ausência nas competições europeias ao fim de 36 anos.
Ruben Amorim assumiu o comando técnico dos red devils em novembro do ano passado, proveniente do Sporting, mas não conseguiu contrariar tendência de uma equipa que parece condenada ao fracasso e que desde a saída de Alex Ferguson tem desperdiçado milhões de euros sem ter sucesso em troca.
Uma análise do jornal Marca revela o investimento infrutífero dos red devils a partir de 2013, altura em que o histórico treinador escocês deixou Old Trafford: 2,05 mil milhões de euros gastos em 203 contratações, valor apenas superado por PSG (2,81 mil milhões) e Man. City (2,18 mil milhões). Apesar da forte aposta, a equipa não pára de desvalorizar-se: 669,25.
Pior do que qualquer outra equipa é o saldo entre vendas e compras — défice de 1,464 mil milhões de euros, dado que só receberam 589 milhões em transferências. Pogba liderou os investimentos (€105 M), estando entre os nomes mais sonantes, que incluem ainda Lukaku (€85 M), Di María (€75 M), Casemiro (€70,6 M) ou Cristiano Ronaldo (€17 M).
Mais recentemente, jogadores como Antony (€95 M), Jadon Sancho (€85 M), Hojlund (€77,8 M) e Martial (€60 M), vistos como promessas, não só não convenceram como aumentaram consideravelmente o capítulo dos gastos.
A escolha dos treinadores também não ficou à margem da análise ao insucesso do United, nomeadamente perante a ausência de uma base concreta para confiar o cargo a Ryan Giggs, Van Gaal, José Mourinho, Ole Gunnar Solskjaer, Michael Carrick, Ralf Rangnick, Erik Ten Hag, Ruud Van Nistelrooy e agora Ruben Amorim.
O treinador português recusa atirar a toalha ao chão, dizendo que não se demite, saindo apenas se o clube quiser, e, de acordo com o The Guardian, terá 120 milhões de euros para reformular a equipa com vista à próxima época, numa altura em que são apontados à equipa jogadores como Matheus Cunha (Wolverhampton) e Liam Delap (Ipswich).
A tornar ainda mais difíceis os problemas do clube, a nível financeiro, esteve a queda de 7 por cento das ações do clube, com a derrota com o Tottenham na final da Liga Europa. A juntar aos cortes que têm vindo a ser operados em nome da sustentabilidade. E o sucesso a parecer cada vez mais longe.
Sugestão de vídeo: