SABER AS REGRAS Duarte Gomes explica a Lei 16
SABER A REGRA
Avançamos hoje para a penúltima das leis de jogo. A décima sexta.
Estamos na reta final ao que de mais essencial dizem as regras do jogo.
Fique por aí. Vale a pena.
LEI 16 - O PONTAPÉ DE BALIZA
Primeiro, a definição que todos conhecemos:
- Um pontapé de baliza (PB) deve ser assinalado quando a bola ultrapassa, por completo, a linha de baliza (quer rente ao solo, quer pelo ar), tocada em último lugar por um jogador atacante, sem que tenha sido marcado um golo (aí, também ultrapassa a linha de baliza, mas por baixo da barra e por entre os postes).
GOLOS
- O PB é um recomeço de jogo que permite a marcação direta de um golo na baliza adversária.
- Se a bola entrar diretamente na baliza do executante, será concedido um pontapé de canto favorável à equipa adversária.
A este propósito, convém recordar um princípio importante, que não tem exceções:
- Nenhum recomeço de jogo permite a validação de golos marcados, diretamente, na própria baliza.
Isso aplica-se não só aos pontapés de baliza (hoje em análise), como também a lançamentos laterais, pontapés de canto, pontapés livres, pontapés de saída e pontapés de penálti. Golos só em alguns casos e na baliza adversária.
Percebido? Adiante.
QUAL O PROCEDIMENTO DO PB?
1. A bola deve estar totalmente parada e pode ser pontapeada de qualquer ponto da área de baliza, por um jogador da equipa defensora (GR inclusive);
NOTA - O facto do PB poder ser executado em qualquer ponto da área não invalida a obrigação do executante fazê-lo rapidamente, para não incorrer em perda de tempo (passível de advertência).
2. A bola está em jogo logo que seja pontapeada e se mova claramente;
3. Todos os adversários devem encontrar-se fora da área de penálti (vulgo "grande área"), até que a bola esteja em jogo.
INFRAÇÕES E SANÇÕES
1. Se, após entrar em jogo, a bola for tocada uma segunda vez pelo executante (sem que antes outro jogador a toque), o árbitro deve assinalar pontapé livre indireto contra a equipa defensora. Se esse segundo toque for "mão deliberada na bola", deve então ser assinalado um pontapé-livre direto. Por outro lado, deverá ser assinalado um pontapé de penálti, se a infração ocorrer na área de penálti do executante (ou seja, se for o defesa a dar o segundo toque com a mão, na sua própria área), a menos que o pontapé tenha sido executado pelo GR: nesse caso, será assinalado pontapé-livre indireto (os GR podem jogar a bola com as mãos na sua área);
2. Se, após a execução do PB, estiverem adversários no interior da área de penálti POR NÃO TEREM TIDO TEMPO PARA SAIR DA MESMA, o jogo deve prosseguir;
Se daí resultar, por exemplo, uma interseção que resulte em golo, este deve ser validado.
4. O pontapé de baliza deve ser repetido quando:
A) um jogador colocado na área de penálti adversária, no momento da sua execução
OU
B) Um jogador entrar nessa área antes da execução...
... tocarem-na ou disputarem-na antes da bola entrar em jogo.
5. Se um jogador entrar na área de penálti adversária antes da bola estar em jogo e cometer/sofrer uma falta, o pontapé de baliza será sempre repetido (ou seja, não será assinalada nem falta atacante nem pontapé de penálti).
O infrator pode ser alvo de sanção disciplinar, se a infração o justificar.
- Por qualquer outra infração à Lei 16 (não prevista anteriormente), o PB será sempre repetido.
Tudo dito quanto a pontapés de baliza.
Volto amanhã para fecharmos esta rubrica, com a décima sétima e última lei de jogo.
Tem sido um prazer fazer esta viagem ao seu lado, no abola.pt