Benfica-Southampton: análise individual e jogadores em destaque

Benfica Benfica-Southampton: análise individual e jogadores em destaque

NACIONAL12.07.202320:56

Neres trouxe os foguetes para a estreia de Kokçu 
 

Brasileiro brilha em Inglaterra. Ristic promete luta. João Victor adaptado
 

Samuel Soares - Único  a fazer 90’. Partida sem stress à exceção de um lance em que o internacional sub-21 não ficou bem na fotografia, saindo a cruzamento largo e soltando a bola,  compensando com mancha imediata.


João Victor - Central adaptado a lateral-direito. Protegeu as costas de David Neres mas revelou algumas dificuldades nas saídas, principalmente quando estava pressionado. O primeiro toque na bola nem sempre foi o melhor.  


Lucas Veríssimo - Seguro, bem posicionado, não deu grandes esperanças aos adversários.


Morato - Sólido lá atrás, ainda pisou terrenos ofensivos e deixou Musa em zona de finalização após uma pressão conseguida junto à área dos saints.  

Chiquinho - Muito bem alinhado com Kokçu, ambos parecendo conhecerem-se há bastante tempo. Corte fundamental na área (26’).  

Aursnes - Associações com Kokçu e Ristic, progredindo com bola e quase sem nunca a perder, jogo quase sempre feito a um ou dois toques. Parece simples.

Rafa - Apareceu a espaços e num dos seus piques nasceu o 1-0, com assinatura de Neres: contra-ataque rapidíssimo conduzido pelo meio e passe no momento certo.

Musa - Não lhe correu bem. Só teve duas oportunidades para decidir, mas o toque a mais ou o toque para o lado errado tiveram o efeito anticlímax.


Bah - Ainda não está soltinho, mas os princípios de jogo estão lá: bom entendimento com João Mário.


António Silva - Sem o protagonismo de outros jogos. Não foi necessário.


Rafael Rodrigues  - Procurou jogar pelo seguro nas saídas de bola. Colocou João Mário em zona de finalização (90’) com ótimo cruzamento junto à linha.

Florentino - O habitual bom preenchimento dos espaços em zonas avançadas de pressão.  

João Neves - Jogo a ritmo médio e de processos simples.

Tiago Gouveia - Demasiado preso na zona central, nas costas de Tengstedt.    

Schjelderup - Rotação alta, ganhando os primeiros duelos no drible ou na explosão, mas sem dar sequência. Falhou, aos 82’, o 3-0, a passe de João Mário, nas barbas do guarda-redes.


Tengstedt - Tentou o golo da tarde ao desviar de calcanhar (57’) cruzamento de João Mário. Ainda muito desligado da equipa. 

DESTAQUES

Neres - O melhor em campo
Apresentou-se na nova época com o depósito cheio. Solto, enérgico, por vezes frenético, criativo e com instinto para o golo. A primeira ameaça surgiu aos 10’ com um remate ao poste e foi dele o 1-0, de pé direito, no minuto seguinte. Ainda obrigou o guardião do Southampton a grande defesa (27’) e colocou Ristic na cara do golo (40’). Promete.

Kokçu - Bola sempre colada ao pé
Jogo sem exuberâncias mas já revelando bom entendimento com os novos colegas. Bola sempre colada ao pé, quando em progressão, rompendo linhas de cabeça levantada e raramente falhando um passe. Boas combinações com Aursnes pela meia esquerda e ótimo sentido posicional nas transições defensivas.

Ristic - Calma, eu estou aqui
Cada minuto vale uma vida para Ristic. Ex-suplente de Grimaldo e vendo agora a chegada de Jurásek (lateral mais caro da história do clube), o sérvio entrou com tudo na nova temporada. Um golo na sequência de um forte remate cruzado de pé esquerdo (45’) foi a conclusão de um jogo seguro do ponto de vista defensivo e muito criterioso no ataque.


Tomás Araújo - Qualidade nas saídas
Voltou a fazer dupla com António Silva e impôs-se com serenidade. Bom posicionamento e leitura nos lances de maior aperto e muita segurança nas saídas a jogar, revelando ótimo domínio do espaço e acima de tudo uma grande confiança para ter a bola a bola no pé e colocá-la a mais de 30 metros quando necessário com a precisão de um relógio suíço. 

João Mário - O melhor amigo dos nórdicos
Todos o lances de perigo do Benfica na segunda parte tiveram a assinatura do subcapitão. Colocou Tengstedt e Schjelderup em zona de finalização na pequena área, sempre a partir do flanco direito, onde voltou a realizar boas combinações com Alexander Bah. Homem do último passe, fez a equipa jogar com as boas decisões do costume.