)
Jéssica Silva remou contra um tsunami: notas de Portugal
Inês Pereira: 5 - Portugal sofreu cinco golos, mas foi pela guarda-redes portuguesa que não foram mais. Impediu o bis de Esther aos 16', parou remate de Putellas aos 18' e adiou o golo de Martín-Prieto. De todos os tentos que sofreu, só se pode dizer que esteve mal no primeiro, em que hesitou demasiado na abordagem. Ainda assim, fez quatro defesas e conseguiu evitar contornos ainda piores.
Beatriz Fonseca: 4 - Pouco conseguiu fazer para estancar qualquer um dos lados do ataque espanhol e, a atacar, não apareceu tanto como Catarina Amado, a outra lateral. Ainda assim, não errou tantos passes como a colega e ainda lançou um par de contra-ataques, que acabaram por não ter resultado.
Diana Gomes: 3 - Logo ao minuto 2 coloca Esther em jogo para o primeiro golo. É entre ela e Carole Costa que surge o segundo, e no terceiro deixa-se antecipar, primeiro, e fintar, depois, por Putellas. Juntando os passes falhados, foi uma primeira parte... desastrosa. Na segunda lá atinou e ainda ajudou a fechar Salma pela esquerda.
Carole Costa: 4 - A capitã foi, das três centrais titulares, a que melhor esteve, mas não deixa de ter culpas no lance do terceiro golo, deixando Vicky aparecer nas costas. Ainda assim, sobretudo na segunda parte, conseguiu liderar a defesa e estabelecer algum controlo no momento da saída de bola.
Fátima Pinto: 3 - Ficou aos papéis no primeiro golo, deixando-se antecipar por Esther e, do lado esquerdo, teve vários problemas na saída de bola e a tentar controlar as dinâmicas entre Mariona, Vicky e a avançada, com várias perdas de bola e más definições. A acabar, demorou a fechar Martín-Prieto e permitiu que a avançada do Benfica saltasse para fazer o 5-0.
Catarina Amado: 4 - A primeira parte foi para esquecer, ao permitir várias antecipações, quer pela direita, quer pela esquerda, nas dinâmicas entre as laterais, as extremas e as médias espanholas. No segundo tempo cresceu (muito), fechando o lado em que a fúria roja foi menos perigosa e a ter duas incursões atacantes perigosas.
Tatiana Pinto: 3 - Tinha a tarefa de fechar o meio-campo, mas revelou-se incapaz de dançar ao mesmo ritmo que Vicky López e Alexia Putellas. Na primeira parte as triangulações no meio revelaram-se demasiado impactantes para a média — que não teve muito apoio das colegas de posição — e poucas vezes conseguiu impedir qualquer perigo adversário. Como o resto da equipa, estabilizou no segundo tempo.
Andreia Jacinto: 4 - Pode dizer-se o mesmo de Andreia que se disse de Tatiana a defender, mas esteve melhor a atacar. Foi a principal responsável por lançar Diana Silva e Jéssica Silva em contra-ataque e, nas poucas vezes que teve de passar a bola, não a perdeu: saiu ao intervalo com 100% de eficácia de passe.
Andreia Norton: 3 - Teve de fechar muito na primeira parte e, na segunda, pôde mostrar mais na ligação entre defesa e ataque, na altura em que Portugal esteve melhor. Mas pouco ou nada apareceu.
Diana Silva: 3 - Tentou muito, mas, ao contrário de Jéssica Silva, não conseguiu aplicar-se tecnicamente para guardar mais a bola e causar perigo.
Ana Seiça: 5 - Entrou ao intervalo e tornou-se, com cortes a Esther, Athenea e Putellas, uma das principais responsáveis por estancar a onda atacante adversária. Entrou com agressividade e foi, de longe, a melhor central portuguesa na partida.
Ana Borges: 5 - Melhor a defender e a atacar, foi responsável pela maior intensidade na pressão de Portugal na segunda parte. Assinou uma boa segunda parte.
Ana Capeta: 4 - Sem a velocidade e ginga de Jéssica Silva, ainda mostrou perigo num remate a passe de Catarina Amado. Ainda assim, não apareceu tanto no jogo, apesar de ter tido uma entrada positiva, tendo em conta o panorama geral.
Dolores Silva: — - Pouco teve de mostrar, pouco teve de fazer.
Andreia Faria: — - A mesma coisa. O jogo estava resolvido quando entrou.