A importância de não fechar os olhos

OPINIÃO09.03.202507:30

Castigo a Paulo Fonseca foi muito pesado; os que temos por cá são muito leves

O treinador português do Lyon foi suspenso 9 meses. Paulo Fonseca encostou a cabeça ao árbitro durante um jogo e teve um comportamento agressivo, situação que a justiça desportiva francesa não perdoou, punindo de forma dura, Paulo Fonseca. E não foi a primeira vez que em França se viu algo do género.

Não vou aqui comentar se a suspensão foi justa ou injusta, ou demasiado pesada. Independentemente das razões, o que o treinador fez no jogo com o Brest viu-se no estádio e nas televisões, seria uma irresponsabilidade fechar os olhos.

O que nos transporta ao que assistimos, mais vezes do que o desejável, no futebol português. Há casos e casos, mas alguns, repetidos por jogadores, mas principalmente, pela responsabilidade acrescida que têm, por treinadores e dirigentes de clubes, que mereciam ser punidos de forma exemplar.

As multas em dinheiro são quase piadas de mau gosto e os resultados de inquéritos e processos resultam, na maioria, em conclusões tardias e desfasadas do tempo competitivo, ou em castigos que pouco aquecem e nada arrefecem.

À boleia de uma reformulação dos quadros competitivos, cada vez mais urgente no contexto de excesso de jogos a que os plantéis têm de responder, quem manda, Liga e Federação, deveriam definir ainda melhor os limites e fazer com que efetivamente exista maior prudência por parte dos vários agentes desportivos.

Tendo a noção de que o futebol é paixão e, portanto, exagero, deve haver recato porque o profissionalismo do setor assim o exige. Não faz falta que em França nos lembrem disso.

Vídeos

shimmer
shimmer
shimmer
shimmer