Byron Munton (Feirense) venceu a 4.ª etapa da Volta a Portugal, no alto da Sra. da Graça (Podium Events / Matias Novo)

Volta a Portugal: sul-africano Byron Munton conquista Sra. da Graça

Corredor da equipa Feirense atacou nos últimos dois quilómetros da ascensão final e venceu a etapa (encurtada devido a incêndios) com poucos segundos sobre o colombiano Jesus Peña (Tavira) e Artem Nych (Anicolor). O russo é o novo camisola amarela

O sul-africano Byron Munton, da equipa Feirense, venceu a quarta etapa da Volta a Portugal, no alto da Senhora da Graça. O russo Artem Nych (Anicolor), terceiro a 9 segundos do vencedor, conquistou a camisola amarela ao espanhol Pau Martí (Israel Academy), que não resistiu à subida ao mítico Monte Farinha. Na segunda posição ficou o colombiano do Tavira, Jesus Peña, também a 9 segundos. 

Nych lidera agora a geral com oito segundos de vantagem sobre Munton e 12 em relação a Peña.

A etapa esteve neutralizada ao quilómetro 132,2, após a meta volante de Vila Real, devido a incêndio na Serra do Alvão, e foi retomada em Campeã, suprimindo a passagem pela Serra do Alvão, contagem de montanha de 1.ª categoria.

Quando a corrida foi interrompida seguia em fuga o quinteto Francisco Peñuela (Caja Rural), Caleb Classen (Project Echelon), Jan Kino (Atom), Edgar Curto (Illes Balears) e Francisco Morais (Tavfer-Mortágua), com dois minutos de vantagem sobre um septeto perseguidor César Fonte (Rádio Popular-Boavista), Diogo Gonçalves (Feirense), Jorge Galvez (Louletano), Diogo Narciso (LA), Pedro Andrade (Feirense), Unai Esparza (Illes Baleares) e Daniel Dias (RP-Boavista) e três para o pelotão, diferenças que foram mantidas quando a corrida foi reatada, a 44 quilómetros da meta.

Quando reabriram as hostilidades na Campeã, a equipa mexicana Petrolike assumiu o controlo do pelotão e reduziu rapidamente, em um minuto, o avanço dos dois grupos de fugitivos, que por sua vez mantiveram as distâncias entre si no início da longa descida para Mondim de Basto.

A cerca de 30 quilómetros da chegada, o espanhol Francisco Peñuela e o norte-americano Caleb Classen destacaram-se do grupo da dianteira, colaboram bem e repuseram, em cerca de três minutos, a margem para o pelotão, liderado pela Petrolike, a Israel Academy, do camisola amarela Pau Martí, e a Anicolor, que absorveu o segundo grupo intermédio.

No entanto, após a meta volante em Mondim de Basto, na aproximação ao início da subida para a Sra. da Graça, o duo da dianteira perdeu fulgor e cedeu aproximadamente um minuto para o pelotão, que passou a ser comandado pelo Tavira e a Anicolor, entrando na ascensão final abaixo de dois minutos dos fugitivos, após ter anulado o quinteto intermédio.

No início da subida do Monte Farinha, Peñuela deixou para trás o parceiro de fuga, enquanto no pelotão a Anicolor impunha um ritmo infernal, que rapidamente provocou a cedência do líder da geral, Pau Martí, que se despedia da camisola amarela, além de restringir o grande grupo apenas a um octeto com três corredores (Artem Nych, Alexis Guerin e Harrison Wood) da equipa de Águeda.

O primeiro ataque entre os candidatos à geral coube ao francês Guerin, mas teve resposta efetiva dos adversários, Jesus Peña (Tavira) Byron Munton (Feirense), Lucas Lopes (Boavista) e Zac Marriage (Israel Acedemy). O único fugitivo, Peñuela, foi alcançado a 3,7 km da meta.

O golpe seguinte pertenceu ao sul-africano Munton, a 2,2 km do cume, ganhando cerca de 200 metros ao sexteto dos melhores nesta etapa, a que se seguiu contra-ataque de Artem Nych que causou a quebra do seu companheiro de equipa Alexis Guerin. Com o russo permaneceu apenas o colombiano Peña, e com Munton bem à vista à entrada do último quilómetro.

O sul-americano do Tavira assumiu, então, a perseguição ao líder, mas não foi suficiente para impedir a vitória de Byron Munton.