Valencia e Lourenço de alta pressão no dérbi na Luz
No aguardado segundo dérbi lisboeta da temporada e depois de, há três semanas, ter levado a melhor na decisão da 30.ª Supertaça por 3-1 (25-23, 25-17, 24-26, 25-23), o do Sporting foi à Luz bater o Benfica por 0-3 (19-25, 18-25, 24-26) em encontro a contar para a 3.ª jornada da Liga Una. Embate em que apenas no último set foi obrigado a conquistar vantagem para fechar e nunca sequer tendo permitido que os donos da casa chegassem ao set point em qualquer momento.
Foi um encontro de alta pressão pela forma como os verdes e brancos mantiveram sempre as águias em dificuldades face aos fortes remates que iam surgindo na rede, mas sobretudo na sequência dos violentos serviços de Edson Valencia (13) e Lourenço Martins (15), os quais provocaram problemas ao side out dos homens de Marcel Matz e desequilibraram para provocar o primeiro desaire dos encarnados no campeonato, depois de ter somado triunfos por 3-0 contra Ala Nun'Álvares e Clube K.
Já os comandados de João Coelho, que só mexeu pela primeira vez na equipa no 3.º set, altura em que também pediu o único desconto de tempo, tal era a satisfação e confiança pelo que os seus jogadores realizavam e fizeram esquecer o desaire na ronda inaugural, ante o Leixões (3-2). Para depois, nesta jornada dupla, terem superado na véspera o V. Guimarães por 3-0.
Contando com os últimos três embates do play-off de 2024/25, os verdes e brancos levam uma sequência de 5-0 frente ao Benfica (incluindo a Supertaça).
Curiosamente, os leões também haviam ganho na Luz na fase inicial da época passada (1-3), então a contar para 8.ª jornada, mas depois foram batidos em Alvalade na 19.ª por 2-3.
Desta feita, o Benfica até começou melhor os dois sets iniciais. No primeiro, um parcial de 4-0 deixou-o a liderar por 8-5, e mesmo falhando quatro serviços, beneficiou da mesma falha, consecutiva, dos visitantes para chegar ao 18-16.
Foi então que tudo mudou com uma arrasadora sequência de 0-8 (18-24), onde nem faltou um ás de Valencia, ao qual nem dois descontos de tempo de Matz quase seguidos impediram o 19-25.
No segundo parcial, três serviços falhados pela formação de Alvalade, risco necessário para a estratégia montada, ajudou a manter a diferença quase sempre em dois pontos até ao 12-10. No entanto, a ação de Lourenço Martins junto à rede permitiu aos campeões construírem um parcial de 2-5 (14-15). Nunca mais largaram o comando, apesar da boa entrada do oposto Felipe Banderó (4) e os contributos de Pablo Natan (7) e Nivaldo Gomez (7).
Entre o 17-19 e o 18-21, Matz tornou a solicitar dois timeouts para reorganizar um conjunto que cometia pequenos erros que ainda pioravam mais a situação, só que Valencia e Lourenço garantiram quatro dos últimos seis pontos para fecharem com um arrasador parcial de 0-6(!) para o 18-25.
Já no 3.º set, a situação inverteu-se e foram os forasteiros a assumirem o comando (5-8) perante erros e bolas fora das águias que nunca conseguiram manter o jogo constate do inicio ao fim de qualquer parcial. Pablo Natan, Banderó e Peter Wolf (5) ajudaram a inverter a situação e a provocar 14 igualdades entre o 11-11 até ao 24-24, enquanto do lado contrário Lourenço e Valencia mantinham a pressão habitual.
No entanto, um ponto de Kelton Tavares (7) e o bloco dos leões desfizeram o empate e garantiram os derradeiros dois pontos para fechar o dérbi. Note-se que, três dos últimos quatro pontos do Sporting resultaram da ação do bloco.