Pronto para voar no Benfica
O Benfica acredita que 2025/26 será a época da afirmação definitiva de Andreas Schjelderup e os 66 minutos que jogou no Nice-Benfica, 1.ª mão da 3.ª pré-eliminatória de acesso à fase de liga da UEFA Champions League, reforçam essa convicção. O extremo norueguês, 21 anos, foi titular em França e conjugou capacidade defensiva e de desequilíbrio ofensivo que deixaram entusiasmado o treinador, Bruno Lage, e a estrutura do futebol profissional dos encarnados.
A SAD recebeu sondagens de vários clubes para transferir Andreas Schjelderup, também no mercado deste verão, mas recusou uma saída por confiar muito nas capacidades do nórdico. Se o plano correr bem, e o jogador continuar a dar resposta, Schjelderup será aposta mais firme esta temporada, com mais minutos de jogo.
Bruno Lage tem feito um trabalho com Schjelderup no sentido de o fazer crescer segundo a ideia de jogo que deseja. Desde que tomou conta da equipa, em setembro da última época, Lage deixou isso muito claro. «Não tem de driblar o mundo e marcar um golo para o treinador olhar para ele. Tem é de fazer movimentações de que gosto», disse o treinador, em janeiro deste ano; alerta que não foi apenas para Schjelderup, mas sobretudo.
O próprio jogador está consciente do que tem de fazer e sente que está a progredir. «Sinto que estou a evoluir cada vez mais, mas defensivamente preciso de melhorar», disse Andreas na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Nice, na semana passada. Na mesma conferência, o extremo esclareceu que «está» e «sempre» esteve «feliz» no Benfica e confirmou expectativas para esta época: «Quando cheguei nesta temporada, tive um começo um pouco lento, precisei de algum tempo para chegar à minha melhor forma. Sinto que estou lá agora, onde devo estar. [...] Claro que quero jogar o máximo possível. Estou aqui e estou pronto para jogar, não importa quantos minutos.»
Schjelderup foi contratado com apenas 18 anos ao Nordsjaelland, em janeiro de 2023. Era nome conhecido e uma das grandes promessas do futebol europeu, obrigando o Benfica a jogar em antecipação e a um investimento de €9 milhões, mais €5 milhões em prémios por objetivos, para garantir o jogador.
A concorrência forte na época seguinte, que aumentou muito com a chegada ao clube do astro argentino Ángel Di María, reduziu o espaço e Andreas pediu para ser emprestado. Regressou ao Nordsjaelland e foi novamente destaque principal no campeonato dinamarquês: marcou 10 golos e fez 11 assistências, em 38 jogos.
Neste percurso foi chamado à seleção principal da Noruega e no jogo de estreia, num particular frente ao Kosovo, saltou do banco de suplentes para substituir a superestrela Erling Haaland. Conta já com três internacionalizações.
De regresso às águias, na última época, foi titular apenas 16 vezes, mas fez 40 jogos, marcou cinco golos e fez sete assistências. Números interessantes e com notas de brilho — marcou grande golo no empate (1-1) que levou o jogo da final da Taça da Liga para penáltis e resultou na conquista do troféu para o Benfica. Já este verão, no Mundial de Clubes dos EUA, assinou o golo da vitória (1-0) frente ao Bayern que colocou as águias nos oitavos de final da competição.
Podendo também beneficiar de uma eventual transferência de Kerem Akturkoglu para o Fenerbahçe (ainda possibilidade, mas forte), e mesmo que esteja iminente a entrada de reforços para as alas, o jovem norueguês tem caminho aberto para a afirmação. No Benfica acreditam muito nele.
Com contrato até 2028 e cláusula de rescisão de €100 milhões, este é o momento para Andreas Schjelderup definitivamente levantar voo.
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