O otimismo na derrota, reforços e a análise de Suárez: tudo o que disse Rui Borges
— Que análise faz a este jogo e a uma derrota a abrir a temporada?
— Muito convencido daquilo que a equipa fez ao longo de 90 minutos. O Benfica teve a sorte do jogo. Fomos claramente superiores em todos os momentos e em todos os níveis. Se calhar não entramos tão bem na segunda parte. Mesmo assim, foram felizes numa perda de bola nossa. Acabámos por sair prejudicados. Fomos atrás do resultado. Feliz por aquilo que a equipa foi capaz de fazer hoje.
— Disse foi o Sporting foi superior em todo o jogo... sai então mais frustado? Sentiu que a equipa esteve refém de Gyokeres no ataque?
— O Sporting está refém dele próprio. Não só não me deixa frustrado como me deixa mas confiante daquilo que será o futuro. Apesar das dificuldades da pré-época, de uma capacidade física que ainda está longe do que pretendemos, os jogadores deram uma resposta absurda, fantástica. Fiquei mais otimista e provaram as razões pelas quais são bicampeões.
— Falta muito para o fecho de mercado. Depois deste jogo consegue identificar quais as necessidades da equipa nesta fase?
— Sobre o mercado claramente que já respondi ao longo da semana. Sabemos aquilo que temos identificado e estamos a trabalhar sobre isso. Todos juntos. Tudo a seu tempo. Estou feliz pela resposta da equipa e mais uma vez digo que me deixou otimista porque merecíamos ter saído daqui com o troféu.
— Que análise faz ao desempenho de Luis Suárez?
— O Suárez fez roturas, mais pela direita porque era esse espaço onde existiam soluções para explorar e foi uma forma estratégica essas movimentações. Pediu aquilo que lhe foi pedido, dentro das suas capacidades e fiquei muito agradado pelos 15 minutos que somou assim como os 75 de Harder.
— A polémica em torno da arbitragem antes do dérbi, teve alguma influência neste jogo?
— Vale a pena é enaltecer aquilo que a equipa foi capaz de fazer. Jogo bem disputado com duas grandes equipas. É seguir em frente e pensar no futuro.
— O Sporting mostrou problemas de eficácia e notou-se a ausência de Gyokeres. Quando é que esse problema será resolvido?
— Não estamos no patamar que queremos mas fomos superiores. Falta de eficácia? É algo que temos de trabalhar sobre ela para no futuro fazermos mais golos.
— Mas com Gyokeres havia quem dizia que o Sporting entrava sempre a vencer...
— O Sporting entrava sempre 0-0 nos jogos. Tivemos oportunidades, o Harder esteve muito bem, o Suárez entrou muito bem. Acabámos por não ser felizes, só isso.
— Nesta noite o Sporting jogou de uma forma diferente, com mais jogo interior... O que gostou mais e menos daquilo que viu?
—Penso que essa parte da finalização é algo que vamos precisar de trabalhar mais, é necessário também aumentar indicies físicos para conseguirmos ser intensos durante mais tempo, mas eles identificaram tudo o que tínhamos preparado para o jogo e cumpriram durante 90 minutos. Nunca se desligaram e correram muito, sempre em busca do resultado. Já o disse e volto a dizer com todas as letras... de todos os jogos que fiz contra o Benfica este foi o melhor e a acabou por ser o único que perdi... Vamos olhar para o futuro com otimismo.
— Olhando para o futuro e a longa temporada que se aproxima. Acredita que o Sporting pode voltar a ser campeão?
— Acreditamos muito que o Sporting pode ser tricampeão. Não é campeão, é tricampeão. É por isso que vamos lutar até à nossa exaustão. Se mantivermos este nível de alegria e qualidade, como conseguimos demonstrar neste jogo aqui no Algarve, com toda a certeza de que teremos um final feliz.