Francesco Farioli diz que o médio será convocado à condição

«O canal 27 [BTV] não estava a funcionar», sem título em dezembro e Tondela: tudo o que disse Farioli

Treinador do FC Porto fez a antevisão do jogo com o Tondela, agendado para domingo, às 20h30, e referente à 13. jornada do campeonato

— O que é que podemos esperar do FC Porto depois da derrota com o Vitória de Guimarães na Taça da Liga. E, já agora, o que espera do Tondela?

— Claro que é um passo normal, o facto de que para nós quando o jogo termina já nos ligamos ao próximo capítulo. Agora é tempo de voltar à Liga, contra um adversário que mudou recentemente de treinador. Sei que é um dérbi italiano pela primeira vez na história, diga-se de passagem, com o míster Bacci. Também partilhámos a mesma região de Itália, onde nascemos e também, de alguma forma, o caminho que ambos fizemos com muitas experiências fora do nosso país. E o que esperamos temos muitas imagens do seu tempo recente no Tondela, por isso fomos um pouco ao passado para ver a última experiência na Grécia e também as suas experiências anteriores aqui em Portugal, especialmente no tempo em que esteve no Moreirense para tentar ter uma imagem de uma equipa que é bem organizada, bem gerida a partir da base de um 4x4x2, com algumas adaptações, especialmente com bola. Portanto, estas são as coisas que estamos à espera e, claro, não sabemos se algo será feito de uma forma diferente, mas temos de estar prontos e especialmente com a mentalidade certa para começar novamente a nossa jornada na Liga.

— O Gabri Veiga e o Deniz Gül podem jogar amanhã?

— Eles estão sob avaliação. Quanto ao Deniz, estou muito positivo, por isso ele fará parte do jogo, de certeza. E em relação ao Gabri, ele estava a fazer hoje um teste para perceber como está. Amanhã de manhã será testado novamente e, esperemos, fará parte do jogo.

— A derrota com o Vitória de Guimarães é um jogo que deve esquecer rapidamente ou que se deve lembrar até ao final da época?

— Não, eu acho que é... é um jogo onde, como sabem, estávamos num momento particular com muitas lesões, por isso a gestão do plantel foi um fator chave. Tentámos o nosso melhor para nos qualificarmos, não foi possível. Acho que há sinais positivos porque, mesmo com tantas mudanças, acho que mantivemos a mesma identidade e a mesma forma de jogar. E mais uma vez, o facto de termos perdido um jogo com dois penáltis. Isso prova que marcar contra nós não é fácil. Tivemos, penso eu, oportunidades muito boas, mas infelizmente não fomos capazes de capitalizar. E agora precisamos de tirar o melhor partido disso, e é o facto de que teremos em janeiro um pouco mais de tempo para nos prepararmos melhor e treinar um pouco mais. Sim, e seguir em frente na nossa caminhada.

— O empate de ontem no dérbi entre o Benfica e o Sporting dá ao FC Porto mais pressão ou mais confiança para o jogo de amanhã?

— Acho que o foco principal tem estado sempre em nós. Porque no final, com todos os cálculos, 'se', 'mas', nós não tiramos realmente nada disso. Portanto, o foco estava, e está, na nossa jornada e no jogo de amanhã. Acreditem ou não, ontem à noite, a dada altura tive o desejo de ver o jogo, mas realmente foi incrível: eu tinha o canal 26 e 28 a funcionar, mas não o 27 [BTV]. Por isso não consegui registar-me para ver o jogo. Por isso, sim, não posso acrescentar mais nada sobre esse assunto.

— Voltando ao jogo da última quinta-feira, apenas uma vitória em Tondela valida a opção de descansar vários titulares habituais, ou foi algo que teve de ser feito, como disse, para preservar a saúde dos jogadores?

— Como sempre sabem, acredito muito que no panorama geral e no panorama restrito... ser treinador do FC Porto significa que em cada jogo vais para o campo para ganhar. Não há qualquer tipo de dúvida. Por outro lado, claro, precisamos de ser inteligentes na forma de gerir o plantel, de gerir cada jogador de acordo com onde eles estão fisicamente, às vezes pode ser pelos cartões. Portanto, há sempre também uma projeção que é um pouco maior do que apenas o jogo único. Por isso, coloco um onze inicial para tentar ganhar o jogo, mas claro, considerando... por exemplo, não arriscámos o Deniz Gul porque recebemos à tarde a notícia da lesão longa do Luuk de Jong. O Deniz já estava a 50 por cento e eu preferi esperar mais três ou quatro dias para limpar tudo e tê-lo totalmente de volta. Portanto, isto, penso eu, é bastante racional e lógico. E também porque tenho uma equipa que até agora provou-me sempre que rodar, mudar, dar oportunidades a todos para entrarem em campo... toda a gente tem estado lá com a atitude certa. E precisamos de continuar assim se quisermos desafiar as diferentes competições onde ainda estamos envolvidos.

— Qual a condição mental e física da equipa para este jogo e o impacto do resultado do dérbi nessa saúde mental da equipa para este jogo?

— Para nós, é ir a Tondela sabendo das dificuldades que vamos ter. Que vamos enfrentar uma equipa que, de certeza, fará tudo para conseguir um resultado positivo. Para nós, claro... não podemos ser... não somos cegos. Sabemos o que se passa à volta, mas no final o que realmente não importa e onde não podemos influenciar... É apenas sobre o que vamos entregar no campo. Para mim, o foco e o 'zoom' precisam de estar lá. Não há qualquer outro tipo de cálculo. Amanhã acho que é uma boa oportunidade para nós, mas o campeonato não vai ser decidida no início de dezembro.

— Mas considera que este jogo poderá ser decisivo na corrida pelo título?

— Acho que lhe posso dar outra oportunidade porque acabei de responder a essa pergunta. Para mim é claro o facto de que no início de dezembro não vi ninguém a celebrar um título.