FC Porto: lesão de Luuk de Jong obriga a mercado maior

Decididamente, a história de Luuk de Jong com a camisola do FC Porto não está a ter os capítulos que o jogador e a SAD azul e branca tanto ambicionam. O infortúnio bateu de novo à porta do internacional neerlandês, que voltou a lesionar-se frente ao Estoril e, com isso, tem o resto da temporada seriamente em risco. Depois de ser submetido a uma ressonância magnética numa clínica da cidade Invicta, o diagnóstico foi o pior: lesão parcial no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo.

Devastado, conforme revelou nas redes sociais, Luuk de Jong, com 36 anos, sabe que este tipo de lesão na sua fase de carreira são problemáticas, mas, em consonância com o Departamento de Saúde do FC Porto, liderado pelo médico Nélson Puga, procurará a melhor solução para que possa retomar a sua vida profissional o mais cedo possível. Em cima da mesa está o tratamento conservador, já feito esta época noutra mazela no mesmo joelho, o que implicou que ficasse longe dos relvados por mais de 50 dias, perdendo 10 jogos oficiais dos azuis e brancos.

O recurso à intervenção cirúrgica está igualmente em cima da mesa — a decisão final cabe mesmo ao jogador — e, caso se opte por esta via, o período de afastamento será bem maior e a época praticamente terá terminado para o ponta de lança dos Países Baixos.

Em qualquer das situações, há um dado a reter. Francesco Farioli ficará privado de uma unidade que podia ser determinante na fase decisiva da temporada, mercê da sua experiência em campo, do jogo associativo que daria à equipa — qualidades que Samu e Deniz Gul não têm na plenitude —, o que faz com que a SAD liderada por André Villas-Boas tenha de ir ao mercado em busca de uma alternativa, partindo do pressuposto de que o bielorrusso Trafim Melnichenko e o croata Leonardo Vonic, avançados que pertencem aos quadros da equipa B, lhe dão garantias de poderem colmatar a ausência prolongada de um futebolista com o estatuto de Luuk de Jong.

A notícia da gravidade da lesão deixou o dianteiro contratado no último defeso bastante abalado sob o ponto de vista psicológico, mas de pronto foi amparado por todo o grupo de trabalho, staff técnico e toda a estrutura diretiva do futebol profissional.

Nesse sentido, Francesco Farioli, que mantém uma relação de grande proximidade e de total sintonia com o presidente André Villas-Boas no que às limitações do plantel dizem respeito, reclamará certamente a chegada de mais uma unidade para a linha avançado na janela de transferências do Inverno. Nos mesmos moldes do que estava alinhavada para encontrar a título de empréstimo um substituto para Nehuén Pérez para o eixo da defesa, o FC Porto pode aplicar essa fórmula no que concerne à procura de mais um ponta de lança.

É certo e sabido que a SAD apostou como nunca na construção do atual plantel, gastando no verão uma verba acima dos 100 milhões de euros, pelo que não haverá grande margem de investimento e a solução poderá passar por jogadores interessantes que estejam sem tempo de jogo nos respetivos clubes e possam ajudar a aumentar a qualidade do grupo de trabalho portista. Um defesa-central para fazer concorrência a Bednarek, Kiwior e Prpic sempre foi a principal prioridade na ida ao mercado dos azuis e brancos em janeiro, mas a lesão de Luuk de Jong muda claramente essa visão tão simplista, pois haverá muitos jogos nos próximos meses e atacar o campeonato, Taça de Portugal e Liga Europa só com Samu e Deniz Gul parece escasso. Farioli também não descartaria ter mais um extremo, um lateral-esquerdo e um médio com as mesmas características de Victor Froholdt...