Busang Collen Kebinatshipi venceu os 400 m em Tóquio2025 - Foto: IMAGO
Busang Collen Kebinatshipi venceu os 400 m em Tóquio2025 - Foto: IMAGO

Nova regra acaba com injustiça do atletismo

Idade mínima para competir vai passar a ser 16 anos e há também alterações em relação ao número de atletas e as pistas nos 400 m

As finais dos 400 metros em pista coberta vão ser divididas em duas corridas de quatro atletas, evitando que os atletas corram nas pistas 1 e 2.

A World Athletics (WA) colocou assim um ponto final num problema antigo com uma decisão que se pode considerar salomónica: dividir ao meio as finais dos 400 metros nos Mundiais de pista coberta. A medida foi aprovada durante a reunião do Conselho Mundial no Mónaco, sede do organismo que rege o atletismo a nível global.

Há alguns meses, durante uma reunião em Tóquio por ocasião dos Mundiais 2025, a WA já tinha decidido que as pistas 1 e 2 não seriam utilizadas nas provas individuais de 400 metros em pista coberta.

Continuarão, contudo, a ser usadas nas estafetas de 4x400 metros, onde se considera que a desvantagem para as equipas que partem dessas pistas não é tão significativa.

Restava, portanto, definir o novo formato para as finais. Havia três opções em cima da mesa: uma única final com os quatro melhores; duas finais, uma para os quatro melhores e outra para decidir do quinto ao oitavo lugar; ou duas finais em que os medalhados seriam definidos pelos três melhores tempos combinados de ambas as corridas.

A última opção foi a escolhida e entrará em vigor já no próximo ano, no Mundial de Torun, na Polónia, que decorrerá de 20 a 22 de março.

A World Athletics decidiu também flexibilizar a regra sobre a idade mínima para a participação de atletas em certas provas. Até agora, o a idade mínima era de 20 anos para a maratona e 18 anos para os lançamentos, provas combinadas, 10.000 metros e 20 km marcha.

Nas restantes provas, a idade mínima era de 16 anos, um limite que passará agora a ser aplicado a todas as disciplinas sem exceção. Com base em relatórios médicos, a WA entende que se um atleta de lançamentos — o setor mais afetado por esta mudança — alcançar os mínimos para um mundial com menos de 18 anos, está apto para competir.

Por fim, foi aprovada uma regra que limita a duas o número de substituições de atletas nas estafetas masculinas e femininas entre as eliminatórias e as finais.