Kristen Faulkner investigada pela UCI

A Union Cycliste International (UCI) confirmou que está a analisar a provável violação dos regulamentos, por parte da americana Kristen Faulkner da Jayco-Alula, no decorrer da Strade Bianche realizada no dia 4 de março, ao utilizar um monitor de glicose do sangue, que não é permitido em competição.

Faulkner foi filmada usando o disco redondo no braço esquerdo, semelhante aos que são utilizados para medir a glicose e lactato, terminando a corrida italiana em terceiro lugar atrás de Demi Vollering (SD Worx) e Lotte Kopecky (SD WORX) com mais 18 segundos.

A UCI emitiu um comunicado relembrando o artigo 1.3.006 dos regulamentos; “Dispositivos que capturam outros dados fisiológicos, incluindo quaisquer valores metabólicos, como, mas não limitados a, glicose ou lactato, não são autorizados em competição”. O porta-voz da UCI acrescentou ainda; “ A UCI foi informada de que Kristen Faulkner parece ter usado um monitor continuo de glicose no sangue durante o evento italiano Women´s World Tour Strade Bianche em 4 de março. O caso está a ser examinado para depois da sua conclusão poderá levar aos procedimentos aplicáveis e possíveis consequências”. O porta voz da Jayco-Alula, afirmou que a equipa aguarda pelos resultados da investigação da UCI e só se pronunciará após a conclusão.

É provável que o dispositivo seja semelhante ao fabricado pela empresa de tecnologia Supersapiens, que os comercializa como auxiliar de treino para obter mais dados sobre como o corpo reage à excreção física. Esta empresa foi fundada pelo diabético tipo 1,  da equipa de ciclismo Novo Nordisk, Phil Southerland. Estes dispositivos já foram utilizados por várias equipas entre as quais a Jumbo-Visma e Ineos-Grenadiers pelo recordista mundial da maratona Eliud Kipchoge, encontrando-se proibida a sua utilização em competição.

O monitor em causa não é mais que um biossensor que permite recolher todas as informações importantes para o desempenho físico presencialmente e remotamente. Essas informações são valores metabólicos que lidos em plena atividade, possibilitam alertar os corredores para alterações de níveis que poderão diminuir o rendimento. O biossensor é colocado na parte de trás do braço e pode ser combinado com um aplicativo para smartphones, que permite ler em tempo real os valores sanguíneos, sendo um indicador importantes para saber se o ciclista está ou não a alimentar-se corretamente.