Hamilton arrasa carros atuais: «Pior geração da minha carreira na F1»
Lewis Hamilton, heptacampeão mundial de Fórmula 1, classificou a geração de monolugares introduzida em 2022 como a pior da sua carreira e manifestou as suas preocupações para as significativas mudanças regulamentares previstas para 2026.
Com a era técnica atual, focada no efeito de solo, a chegar ao fim no Grande Prémio de Abu Dhabi, Hamilton não escondeu o seu descontentamento com os carros. Questionado em Abu Dhabi sobre se sentiria falta de algum aspeto dos carros atuais, a resposta foi categórica. «Não há uma única coisa de que vá sentir falta nestes carros. É simples. Não gostei», afirmou sem rodeios.
Dominador da era híbrida (2014-2021), o piloto britânico sentiu visivelmente as dificuldades impostas pela mudança de regulamento em 2022, somando desde então apenas duas vitórias em Grandes Prémios.
Preocupações com 2026: «Rezo para que não seja pior»
Em contraste com outras eras, como a de 2014 («incrivelmente emocionante») e 2017 (em que o carro «parecia mais robusto e com mais downforce»), a sua avaliação da geração atual é dura. «Esta geração [de 2022] foi provavelmente a pior, diria. E rezo para que a próxima não seja pior do que esta.»
Apesar de já ter tido contacto com o novo monolugar no simulador, Hamilton mostra-se cauteloso quanto à qualidade das corridas a partir de 2026. «É muito, muito difícil prever como vai ser. Não quero ser demasiado negativo, mas parece muito diferente e não tenho a certeza se o público vai gostar», admitiu o futuro piloto da Ferrari.
Hamilton apontou algumas incertezas técnicas: «Teremos menos carga aerodinâmica e mais binário. Correr à chuva, imagino que será muito, muito difícil.»
O piloto britânico revelou que o trabalho para a temporada de 2026 já está em andamento e intensificar-se-á em breve. «Na verdade, começa já na próxima semana. Já estamos a trabalhar nos bastidores para 2026 há vários meses, mas na próxima semana estarei no simulador a trabalhar no carro novo», explicou.
O heptacampeão concluiu, no entanto, com uma nota sobre a essência do desporto: «É um desafio enorme para todos nós, e acho que é disso que se trata o desporto. Trata-se de nos desafiarmos continuamente. Se fizéssemos sempre a mesma coisa, seria fácil.»