Estoril-Sporting: será na Amoreira que o leão vai travar esta época?

Duas equipas a respirar saúde, com bons protagonistas, a prometer um jogo de emoções fortes no António Coimbra da Mota, na Amoreira. Mais o Sporting, uma equipa imbatível esta época (apenas um desaire na Supertaça, diante do FC Porto, no jogo 1 de 2024/2025), mas com um sinal mais para a equipa estorilista que após um início muito pouco prometedor, justificado pelas derrotas com o Santa Clara (1-4) e Vitória de Guimarães (1-0), dá agora sinais de uma consistência que ainda não tinha apresentado sob o comando do escocês Ian Cathro.

Olhemos, então, um pouco para este Estoril que, para já, parece ter uma base mais definida, um 4x3x3 de tração à frente, com apenas um pivot defensivo (no caso o experiente Xeca) apoiado por dois médios muito dinâmicos: Michel Costa e Vínicius Zanocelo. Foi com este trio central que a equipa ganhou fôlego, sobretudo nos últimos dois jogos. Primeiro com a vitória sobre o Nacional 1-0 e na última ronda num empate carregado de emoção, no qual a equipa canarinha conseguiu anular uma desvantagem de dois golos do Rio Ave e terminou com precioso empate. Uma equipa com muito sangue novo, sem protagonistas do passado recente, como Rafik Guitane, por exemplo, entre outros, mas com muitos jovens de potencial e margem de crescimento.

Esses dois golos aos vilacondenses sustentaram um crescimento ofensivo que, recorde-se, era uma das lacunas da equipa. Pois nessa partida, com dois golos, fez quase tantos como nas cinco jornadas anteriores nas quais somava três. Sendo a equipa que mais empates a zero somou (dois, com Boavista e Gil Vicente) a ordem será tentar ferir o leão como poucas vezes conseguiu esta época.

Equipa provável (4x3x3)

Onze provável

Joel Robles; Wagner Pina, Mangala, Kévin Boma e Pedro Amaral; Jandro Orellana, Vinícius Zanocelo e Jordan Holsgrove; Fabrício Garcia, Yanis Begraoui e Alejandro Marqués

Lesionados

Xeka, João Carvalho e Hélder Costa

Treinador: Ian Cathro

Figura

Wagner Pina. Uma época de afirmação para este lateral-direito, de apenas 21 anos, que se estreou a marcar com a camisola estorilista no recente empate com o Rio Ave. Muito consistente defensivamente e com projeção ofensiva, Wagner Pina tem sido uma das apostas positivas do sistema de Ian Cathro que tem dado bons sinais defensivos. Um defesa a ter em atenção neste duelo com os leões onde terá, por certo, muito trabalho, devendo ter pela frente… Harder.

O Sporting dispensa elogios esta temporada. Com vitórias nas jornadas somadas, um ataque demolidor, ao nível das melhores equipas europeias, a equipa de Rúben Amorim tem mostrado uma dinâmica como há muito não se via com a introdução de novas peças como Debast, Harder ou Maxi Rodriguez.

Visita agora a Amoreira, para defrontar um adversário onde, por exemplo, na época passada sentiu dificuldades, não fosse o golo tardio de Paulinho (81’) a decidir. O último desaire do leão no Estoril aconteceu em 2017/2018, uma derrota pesada e surpreendente, por 0-2, numa equipa onde Bruno Fernandes era o líder dos leões.

Agora, com outro treinador e outros protagonistas, Rúben Amorim pretende dar continuidade à sequência vitoriosa na Liga, piscando o olho, também, ao duelo a meio da semana, com o PSV em Eindoven para a Liga dos Campeões. Razão pela qual são esperadas algumas alterações. Israel, como confirmou Amorim, vai manter-se no onze, mas estão previstas entradas de Gonçalo Inácio, regressado de lesão, assim como Geny Catamo e a estreia de Maxi Rodriguez.

Sporting (3x4x3)

Onze provável
Franco Israel; Debast, Gonçalo Inácio e Matheus Reis; Geny Catamo, Hjulmand, Morita e Maxi Araújo; Trincão, Gyokeres e Harder

Lesionados
Pedro Gonçalves, Marcus Edwards e Jeremiah St. Juste

Treinador: Rúben Amorim

Figura: Conrad Harder

Atenção especial a este jovem dinamarquês que fez estragos na primeira vez em que foi titular (com o Aves marcou e assistiu no 3-0). Espreita nova titularidade, face às ausências de Pedro Gonçalves e Edwards, e muitos olhos vão estar colocados nele, pois o duelo com os avenses deixou água na boca. Muito forte nos duelos, remate forte (e fácil), uma espécie de clone de Gyokeres que deverá voltar a ter companheiro nórdico na frente de ataque.