Edu Castro: «Os jogadores decidiram que 4-2 era mais bonito»
Com a equipa a manter a invencibilidade no Campeonato Placard após a vitória por 4-2 (3-0 ao intervalo) no clássico contra o FC Porto a contar para a 3.ª jornada, e até mesmo a manter-se imbatível esta época se juntarmos os três encontros da Elite Cup, Edu Castro era, naturalmente, um treinador satisfeito, mas consciente que os encarnados não haviam conseguido manter o mesmo controlo da partida na 2.ª parte como haviam feito nos 25m iniciais.
«Tudo correu na perfeição no 1.º tempo. Na 2.ª parte, dependia muito de quem marcasse o primeiro golo. O jogo estava aberto, e eles aproveitaram a oportunidade. Subiram mais as linhas, e nós tentámos jogar um pouco com a ansiedade que poderiam trazer de encontros anteriores», começou por declarar o técnico à comunicação do clube.
«Tiveram de arriscar mais no 2.º tempo e, defrontando equipas deste nível, é impossível não enfrentar dificuldades em algum momento. No terceiro jogo, sofremos o nosso primeiro golo no campeonato, e aconteceu na 2.ª parte. Essa foi uma situação nova com que tivemos de lidar. Porém, estávamos bem na defesa e, no final, pensei que terminaria 3-2, como costuma acontecer nestas partidas. Mas, mais uma vez, os jogadores, tal como na final [da Elite Cup] contra o Sporting, decidiram que 4-2 era mais bonito, e foi mesmo.»
«Temos de ser capazes de repetir o início da época passada, que foi espetacular [só sofreram o primeiro desaire à no sexto jogo e não perderam mais nos 17 primeiros]. Estamos no bom caminho, focados em ser muito competitivos. Precisamos de nos lembrar que estamos na melhor liga do mundo e que temos de corresponder às expectativas dos adeptos. Somos mais fortes com eles. Queremos dar-lhes alegrias, não só nos jogos, mas também conquistando títulos», concluiu Edu Castro.
Paulo Freitas: «Fomos superiores na 2.ª parte»
Quanto a Paulo Freitas, o técnico dos bicampeões nacionais não escondeu que a sua formação não atravessa o melhor momento e aponta mesmo caminhos para elevar o nível, mas considera que os dragões foram superiores aos encarnados após o intervalo. Note-se que, desde 2008/08, que os portistas não pediam dois encontros seguidos para o campeonato.
«Na globalidade, fizemos um bom jogo e, na 2.ª parte, fomos muito superiores ao nosso adversário. Foi uma 1.ª parte muito encaixada, em que a única coisa que faltou foi melhor definição junto da baliza e alguma agressividade defensiva. Não era este o resultado que queríamos, percebemos que temos condições para estar em todos os momentos de decisão e assumimos que não estamos a passar por um bom momento.»
«As únicas coisas que conhecemos são os termos ‘equipa’ e ‘trabalho’ para sairmos deste momento menos bom em termos de resultados, porque em termos de exibições temos construído muito e feito bons jogos. Mas, efetivamente, não temos ganho e estamos aqui para vencer», foi declarando à comunicação dos azuis e brancos.
«Enquanto treinador e representando esta instituição, é evidente que tenho de estar preocupado. Eu e todo o meu grupo de trabalho. Estamos muito tristes, mas calmos, temos de manter o foco e só há uma forma de sairmos disto: com trabalho e construindo os resultados. Não tenho dúvidas de que os resultados vão aparecer. Estou muito satisfeito com o que os atletas têm vindo a demonstrar, é uma equipa que luta incessantemente pelos jogos, compete ao nível que todos veem e saímos derrotados numa parte final em que nos expusemos em demasia», explicou.
«A preocupação é pelo facto de representarmos o FC Porto, não estamos habituados a ter resultados positivos, mas temos a confiança uns dos outros, isso é fundamental, e a capacidade de trabalho. Mais do que trabalhar sobre vitórias, por vezes importa a forma como nos levantamos e nós vamos conseguir levantar-nos», assegurou Paulo Freitas.