Domínio africano na Maratona de Lisboa onde brilharam os 'amadores'

O queniano Zablon Chumba e a etíope Abebech Afework Bekele venceram hoje a 12.ª Maratona de Lisboa, em masculinos e femininos, respetivamente, prova um recorde de 15 mil atletas, entre Cascais, Oeiras e a capital portuguesa, tendo sido os primeiros a cortar a meta no Terreiro do Paço, em Lisboa.

Zablon Chumba, de 33 anos, completou os 42 kms do novo percurso, com partida em Carcavelos em 2h07,11, um novo recorde pessoal, que melhora em dois segundos o seu registo anterior, em Doha, em 2023.

O pódio ficou completo com os etíopes Gadisa Birhanu Shumie, em segundo lugar (2h07,25) e Limenih Getachew Yizengaw (2h08,57).

«Estou muito agradecido e feliz com esta vitória. É a minha primeira vez em Lisboa e isto dá-me maior motivação para continuar a correr. É um percurso que dá um bom ritmo, bonito e perfeito», disse Chumba, recordista da Maratona do Porto, em 2021 (2h08,58).

Na prova de elite, Hélder Santos foi o melhor e único representante nacional, tendo encerrado os 42 kms em 2h58.02, mas o primeiro português a cortar a meta (2h27.09) foi André Costa, da Casa do Benfica de Reguengos de Monsaraz.

«Já tinha feito segundo e terceiros lugares em anos anteriores e, no ano passado, fiz 3h04 numa prova diferente e no início do ano. Esta foi a primeira vez que cheguei em primeiro. Gosto desta prova, é na nossa capital, emblemática e junto ao mar, que é o que mais gosto», destacou Costa, atleta amador, militar de profissão.

Em femininos, os dois primeiros lugares do pódio foram ocupados por atletas etíopes. O mais alto por Abebech Afework Bekele, de 34 anos, depois de completar o percurso em 2h29,00, seguida da compatriota Asmare Beyene Assefa (2h29,09) enquanto a queniana Rael Nguriatukei Kinyara (2h29,22) fechou o pódio.

Já entre as atletas portuguesas, Sara Urbano foi a primeira a chegar (2h49.58) ao Terreiro do Paço, numa manhã cinzenta e pautada por alguma chuva ligeira, melhor, tal como na prova masculina, do que Patrícia Carreira, atleta de elite, que chegou quando o relógio assinalava 3h01,02.