Crystal Palace apresenta recurso para ir à Liga Europa
O Crystal Palace recorreu ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) para que analise a decisão tomada pela UEFA de excluir o clube da próxima edição da UEFA Europa League.
O clube inglês pede que o Nottingham Forest, de Nuno Espírito Santo, que ia ocupar o seu lugar, seja retirado.
No centro da discórdia está a manutenção do Lyon na Ligue 1, decisão essa que permitiu ao clube francês conservar o seu lugar nas competições europeias. De acordo com os regulamentos da UEFA, não é permitido que dois clubes com o mesmo proprietário participem na mesma prova europeia – o que acontece com Palace e Lyon, que eram detidos pelo grupo do empresário John Textor.
Submetido no início da semana, este recurso visa anular essa decisão da UEFA — mas não só. O clube inglês «solicita a sua reintegração na Liga Europa 2025/2026, com a exclusão do Nottingham Forest. Em alternativa, o clube pede a sua reintegração na Liga Europa com a exclusão do Lyon», esclarece o comunicado.
«É a maior injustiça de sempre no futebol europeu», tinha já considerado o presidente do clube, Steve Parish, em entrevista à Sky Sports, recusando que Textor tivesse poder de decisão do clube, uma vez que não tinha mais de 50 por cento das ações.
A 11 de julho, a UEFA decidiu a favor do Lyon, que foi mantido na Ligue 1, e oficializou a despromoção do Crystal Palace para a Liga Conferência porque os vencedores da última Taça de Inglaterra e o Lyon violavam as regras de multipropriedade, uma vez que John Textor detinha participações em ambos os clubes através do Eagle Football Group.
Esta decisão beneficiou também o Nottingham Forest, 7.º classificado da Premier League, que substituiria o Crystal Palace na Liga Europa.
Entretanto, o empresário americano vendeu os seus 43% de ações no emblema inglês para Woody Johnson, dono dos New York Jets, e demitiu-se do cargo de liderança que ocupava na equipa de Paulo Fonseca, mas já fora de prazo dado pela UEFA.
«Com a finalização da venda das ações da Eagle Football a Woody Johnson, deixará de existir qualquer risco de conflito de interesses assim que a competição começar», defendeu o Crystal Palace, cujos adeptos já se manifestaram nas ruas contra o rebaixamento para a Liga Conferência.
O TAS deverá anunciar a sua decisão até 11 de agosto.
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