Rui Alves nas cerimónias dos 115 anos do Nacional. - Foto: D.R.
Rui Alves nas cerimónias dos 115 anos do Nacional. - Foto: D.R.

115 anos do Nacional: promessa do pavilhão por cumprir e discordância nos direitos televisivos

Rui Alves relembrou promessa feita pelo Governo Regional da Madeira em 2019. José Gomes distinguido pelo Grupo ‘Alvi-Negros’ como atleta do futebol profissional em 2024/25. Discordância em relação à centralização dos direitos televisivos

Fundado a 8 de dezembro de 1910, o Nacional comemorou 115 anos nesta segunda-feira. As cerimónias incluíram a entrega dos galardões do Grupo ‘Os Alvi-Negros’, referentes à época 2024/25, tendo sido distinguidos 70 individualidades do emblema madeirense, entre atletas, treinadores e dirigentes e José Gomes foi o atleta do futebol profissional do ano. O lateral esquerdo chegou ao Nacional em 2021/22 e está a cumprir a quinta temporada no emblema madeirense, sempre em alta rotação: já efetuou 118 jogos oficiais, com nove golos e seis assistências.

Na ocasião, Rui Alves, presidente dos insulares, deixou um recado ao Governo Regional da Madeira. «Os atletas das modalidades amadoras sentem falta de ainda não ter sido concretizado o pavilhão do Nacional. Existe ainda um déficit infraestrutural para o desenvolvimento das nossas modalidades, em especial para a ginástica. A melhor prenda deveria ter sido ontem com uma vitória [em Alverca], mas a melhor prenda seria o presidente do Governo Regional reafirmar a promessa da construção do pavilhão do Nacional», relembrou o presidente do clube madeirense esse compromisso assumido por Miguel Albuquerque em 2019, e que passados seis anos ainda não foi concretizado.

Depois, à margem do Jantar de Gala, manifestou ainda o desejo de ampliar o complexo desportivo, na Choupana. «A maioria dos clubes que hoje competem na Liga têm academias com cinco ou seis campos de relva. Mesmo que tenhamos a mesma qualidade futebolística, fica difícil competir com situações desiguais», justificou.

Por discordar da posição da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) sobre a centralização dos direitos televisivos, Rui Alves vai apresentar uma proposta diferente. «Há uma referência padrão das 'chaves' europeias, em que metade do orçamento é dividido de forma igual, e essa não foi a intenção daquilo que apresentou a LPFP. Portanto, há uma discordância completa. Há uma tentativa de satisfação dos 'três grandes', com promessas de que nos colocaremos ao nível das 'chaves' dos países europeus. E eu entendo que Portugal chega tarde e não precisa de período de transição», afirmou, citado pela Lusa.