Treinador deixa o clube no final da época e assume desejo de voltar ao estrangeiro
Ivo Vieira vai deixar o cargo de treinador do Marítimo no final da época, confirmou Carlos André Gomes, presidente da SAD, esta quinta-feira, em conferência de imprensa.
«Quando o nosso treinador aceitou o projeto do Marítimo, foi um pouco contra o plano de carreira do próprio Ivo Vieira, que passava por não voltar a treinar na Madeira. Nessa altura, num espírito de missão e ajuda, o Ivo aceitou vir treinar o Marítimo e fez, no meu ponto de vista, um excelente trabalho», afirmou o presidente maritimista, citado pela agência Lusa.
«Isto tem que ser entendido como o normal do futebol. Entram treinadores, saem treinadores. Entram jogadores, saem jogadores. Portanto, isto é só mais uma situação em que sai um treinador», acrescentou Carlos André Gomes, que garantiu que «a porta do Marítimo estará sempre aberta» para Ivo Vieira.
O técnico madeirense, histórico jogador do Nacional, tinha orientado o Marítimo como treinador principal entre março de 2015 e janeiro de 2016, depois de já ter estado à frente da equipa B e como adjunto de Leonel Pontes. Voltou em janeiro deste ano, com contrato até final da época. O Marítimo ocupa o 11.º lugar na Liga 2.
A BOLA sabe que o Marítimo tentou convencer o treinador a renovar, mas o plano de carreira de Ivo Vieira passa por regressar ao estrangeiro — já trabalhou na Arábia Saudita, no Brasil e na Turquia –, como o próprio, presente na conferência de imprensa, assumiu: «É um desejo que eu tenho. Até pode vir a não acontecer no futuro, porque isso tem a ver com as oportunidades e com o desejo das pessoas e dos clubes lá fora, se surgirão essas oportunidades ou não.»
Emblema insular já deu os primeiros passos tendo em vista permanência do técnico na próxima época. Há abertura de ambas as partes e as conversações deverão intensificar-se nas próximas semanas
Ivo Vieira confirmou que não quis «ouvir propostas» ou discutir «condições para a próxima época», assumindo a saída como uma «decisão pessoal».
Quanto ao sucessor, Carlos André Gomes garantiu não estar escolhido, pelo facto de a decisão de saída de Ivo Vieira ser «muito recente». E não afastou qualquer possibilidade: «Tudo é possível. Não fecho a porta a ex-treinadores, novos treinadores, treinadores que estejam no estrangeiro, nem a nenhum treinador que esteja qualificado para treinar uma equipa de futebol.»
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