SC Braga-FC Porto, 1-0 Posição de João Mário, lance de penálti sobre Samu e cruzamentos: tudo o que disse Martín Anselmi
O treinador do FC Porto explicou a aposta de João Mário como extremo e ainda afirmou que há um penálti por assinalar a favor da sua equipa; procurou inverter o resultado com várias soluções, mas nada pareceu resultar
Martín Anselmi, treinador do FC Porto, fez a sua análise à derrota, por 0-1, na deslocação ao reduto do SC Braga, na 25.ª jornada da Liga, mas não atira a toalha ao chão, pois a sua essência, tal como a do clube, é de lutar até ao fim, garantiu na conferência de imprensa.
– Que análise faz a esta partida e que comentário tem sobre o lance em que Samu fica a pedir penálti, no final da primeira parte?
– Nos primeiros 15 minutos do jogo, o SC Braga foi superior, foi intenso e controlou bem a bola. A partir daí mudámos a nossa forma de construir com Marcano e Otávio a chegarem-se mais para a esquerda e o Martim Fernandes a subir. Conseguimos criar vantagens e crescemos durante a primeira parte. Controlámos bem, podíamos ter marcado pelo Otávio ainda o jogo estava empatado, também tivemos uma boa oportunidade pelo João Mário e sofremos golo de um livre direto. No lance do Samu lançámos a bola em profundidade, e ele chega primeiro à bola, parece-me que é penálti e se não é, há uma falta de critério, porque na semana passada marcou-se penálti, em tudo idêntico, no Aves-Farense. Ou não é este e não é o outro, ou não é nenhum. Também nos jogos desta tarde, houve penálti em que um jogador jogou na bola e depois derrubou o oponente. Ou são todos ou não é nenhum.
– Colocou o João Mário a extremo, pensa que é a altura ideal para mudanças? Este resultado ainda dá para olhar para os primeiros lugares?
– A posição do João Mário é porque pode jogar aí e pode continuar a ser utilizado nessa posição. Também nos faltava o Pepê e o Fábio Vieira, ou o Rodrigo Mora, que também pode jogar por uma das alas. A sua carreira [João Mário] foi nessa posição, tem um bom um para um e pode fazer a diferença. Temos trabalhado bem durante a semana. Só temos de melhorar ainda mais durante os jogos. A minha essência como treinador é de lutar até final, também é essa a essência do clube. Vamos lutar até ao fim.
– O FC Porto não chegou a rematar à baliza na segunda parte. Isso passa pela falta de criatividade da sua equipa ou pela capacidade defensiva do SC Braga?
– Há um pouco dos dois, o SC Braga soube defender e com muita gente, com linha de cinco e depois, por vezes, de seis, também não permitia grande amplitude no campo. No momento em que colocámos dois avançados era para cruzarmos e tentarmos ganhar a bola na área. Era difícil entrar pelos corredores, porque o SC Braga estava bem fechado. Faltou-nos profundidade e com o adversário assim é preciso criar desde trás, com o William Gomes e Deniz Gul procurámos isso. Tentámos com vários jogadores. Com os dois avançados era para cruzar e provocar o erro, mas faltou-nos cruzar mais.
– Os cartões amarelos logo no início da partida condicionaram, de alguma forma, a sua equipa?
– Sim.