Após o primeiro golo da equipa frances, os jogadores correram para abraçar o técnico português, que não conseguiu conter a emoção. #DAZNEuropaLeague
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Lyon sem Paulo Fonseca no banco: «O importante é saber utilizar as tecnologias»

INTERNACIONAL07.03.202516:44

Treinador português suspenso por nove meses após confrontar árbitro em jogo da Ligue 1. Será Jorge Maciel a assumir as rédeas no banco. A BOLA conversou com João Nuno Fonseca, atualmente no Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul, que trabalhou com o técnico nos sub-23 do Benfica

Paulo Fonseca foi castigado de forma severa depois de ter confrontado o árbitro no jogo entre Lyon e Brest. A comissão de disciplina da Ligue 1 aplicou uma suspensão de nove meses ao treinador português, com efeito imediato. Sem Paulo Fonseca no banco, será Jorge Maciel a assumir as rédeas e a marcar presença nas conferências de imprensa.  

Jorge Maciel passou pelos escalões de formação do Benfica. A BOLA esteve à conversa com João Nuno Fonseca, atualmente a trabalhar como adjunto no Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul, que integrou a equipa técnica de Jorge Maciel nos sub-23 do Benfica

João Nuno Fonseca quando trabalhou nos sub-23 do Benfica (foto: Sérgio Miguel Santos)

«O Jorge tem total capacidade para fazer esse papel, até porque em situações em que o treinador tenha sido expulso, ou mesmo no Benfica, a personalidade dele, a experiência e energia que transmite durante os jogos, é positiva. É um ponto importante também para o Lyon», começou por defender, referindo que a ausência do treinador principal do banco pode ser colmatada com recurso às tecnologias. 

Jorge Maciel (IMAGO)

«Aquilo em que temos de nos focar é na equipa e não na ausência. O foco na equipa vem do planeamento, da comunicação com os jogadores, no dia antes do jogo, todo o processo não muda. Muda durante os 90 minutos, todo o trabalho feito durante a semana mantém-se», apontou. 

«O foco será a equipa. Para minimizar esse impacto, o importante é saber utilizar as tecnologias. Através da comunicação consegue-se passar a informação que o treinador quer transmitir aos jogadores, algum reposicionamento, situação em termos de estrutura. Tudo isso hoje em dia, com as tecnologias, consegue-se colmatar. E reforçar sempre que a palavra de ordem é do treinador», acrescentou.

João Nuno Fonseca admitiu que o castigo a Paulo Fonseca tem maior impacto por se tratar de um treinador português. 

«Hoje em dia fala-se muito nas arbitragens e pouco do jogo e isso atrai cada vez mais atenção pela imprensa ou órgãos de arbitragem. Defendo que o foco tem de ser o jogo e aquilo que os jogadores dão», afirmou. 

«Sobre o castigo, não tenho qualquer tipo de comentário a fazer. Obviamente que é um treinador português e isso tem impacto. O foco terá de ser no jogo. É um castigo pesado, sem dúvida, e já não há volta a dar. O estado emocional é sempre importante, o fundamental é sentir que o clube está a permitir o apoio e fazer com que o castigo seja reduzido. Todos somos humanos e podemos cometer erros e ter capacidade para pedir desculpa», disse. 

O jovem treinador falou sobre a experiência na Coreia do Sul: «A questão do respeito. Estou no país mais respeitador em que alguma vez vivi, seja a nível de futebol, quotidiano. O respeito pelos árbitros é a 100 por cento. Não se faz comentários, não se fala de arbitragens. O treinador treina, o árbitro arbitra e o jogador joga. Respeito a 100 por cento. Não há lugar a mediatismo de arbitragens», assumindo o objetivo de, um dia, ser treinador principal, sempre com um regresso a Portugal em perspetiva. 

«É objetivo de carreira [ser treinador principal], sem dúvida. É o meu objetivo futuramente quando aparecer o projeto certo e a acreditar nas ideias de um treinador ambicioso. E Portugal será o meu país de eleição. Hoje em dia os clubes não têm paciência. Seja na Coreia do Sul, Austrália ou América, estar no futebol é a minha paixão», completou. 

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